Casimiro recusou vender Groundforce à Swissport. Trabalhadores em greve em agosto

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António Cotrim / Lusa

Trabalhadores da Groundforce concentrados junto ao Ministério das Infraestruturas, em Lisboa

O principal acionista da Groundforce terá recusado a proposta apresentada pela Swissport para comprar a sua participação na empresa de handling. A greve dos trabalhadores ao trabalho extraordinário arranca esta quinta-feira.

Segundo o semanário Expresso, o principal acionista da Groundforce, Alfredo Casimiro, rejeitou a proposta de compra apresentada pelos suíços da Swissport.

Em meados de junho, chegou a ser noticiado que o CEO da empresa suíça, Eric Born, estava em Lisboa para fazer visitas técnicas à empresa de handling.

É, assim, a terceira vez que o dono da Pasogal não chega a acordo com potenciais compradores para a venda da sua participação de 50,1% da empresa, depois de as negociações também não terem chegado a bom porto com os espanhóis da Atitlan e os belgas da Aviapartner.

Segundo noticiou o jornal online ECO, Casimiro tem estado a pedir entre 25 milhões a 30 milhões de euros pela sua participação, um valor que os potenciais interessados têm considerado muito elevado.

Segundo avançou a TVI24, esta quarta-feira, o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes de Portugal (STTAMP) marcou uma greve para o mês de agosto devido ao atraso no pagamento de salários e subsídio de férias.

Além disso, a greve dos trabalhadores ao trabalho extraordinário, convocada pelo Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA), também arranca esta quinta-feira e termina a 31 de outubro.

A TAP disse, esta quarta-feira, estar “preocupada com a iminente disrupção operacional causada pela rejeição do acordo pela Groundforce” para o pagamento de subsídios de férias aos trabalhadores, segundo um comunicado.

A Groundforce considerou “inaceitáveis” as condições do adiantamento sugerido pela TAP e apelou à companhia aérea para que pague os serviços já prestados.

Segundo a empresa liderada por Alfredo Casimiro, se os serviços já tivessem sido pagos, a Groundforce “teria tido condições para honrar os seus compromissos com as Finanças e com a Segurança Social, que vencem a 20 de julho, bem como com os trabalhadores, pagando os salários deste mês e os subsídios de férias”.

ZAP // Lusa

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2 Comments

  1. O vigarista falido que, numa daquelas privatizações/negociatas manhosas do Passos, comprou a Groundforce (sem dinheiro!), continua a quer mandar na empresa, mesmo sem pagar as dívidas e os ordenados em atraso da mesma…

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