Tequilla Huntley estava grávida quando deixou o País de Gales só por uns dias. Mas a criança de 0,5 kg nasceu. A língua (ainda) é um obstáculo.
Tequilla Huntley e David Barnett vinham a Portugal só para passar quatro dias de férias. Era uma espécie de última “escapadinha de casal” antes de a criança nascer.
Chegaram a Faro no dia 12 de Outubro e iam voltar ao País de Gales no dia 16 de Outubro. Mas estamos em Novembro e o casal ainda está em Portugal.
É que… foram pais. Tequilla estava grávida, a data prevista para o parto era mais à frente; mas, como acontece tantas vezes, o nascimento foi mais cedo do que o previsto.
O Wales Online relata que os dois estavam a relaxar numa espreguiçadeira, ao sol, quando ela começou a sangrar.
Era um descolamento da placenta. Um descolamento prematuro, já que isso só era suposto acontecer depois do parto.
Com mãe e bebé em risco, e com apenas 50% de possibilidade de mãe e criança sobreviverem, o parto ocorreu imediatamente, num hospital algarvio.
Correu bem, Kobe nasceu vivo. Mas, sendo muito prematuro, ficou internado na unidade de cuidados intensivos de neonatologia.
Pesava apenas meio quilo quando nasceu.
Precisa de ajuda para respirar e na alimentação, além de ter pele demasiado delicada e de ter nascido com uma hemorragia no cérebro. Está numa incubadora.
Tequilla Huntley fala numa “experiência traumática, no mínimo”. A recém-mamã agradece o apoio de amigos e de familiares (que estão no País de Gales), mas o casal tem-se sentido muito “isolado” por estar em Portugal, longe dos seus.
Falar inglês é um obstáculo: “Tivemos a sorte de ter enfermeiros e médicos que falam um pouco de inglês, mas a barreira da língua numa situação destas, em que só queremos saber se o nosso bebé está bem, tem sido muito difícil; assim como tentar recuperar e ajustar-nos ao novo ambiente, sem saber quando poderemos regressar a casa”.
Voltar é um problema
Naturalmente, o casal galês quer voltar ao país natal. A ideia é que Kobe tenha cuidados de neonatologia especializados no Reino Unido e, claro, ter família e amigos por perto, para outro tipo de apoio.
Mas aí entra a burocracia: o seguro de viagem paga as contas no hospital e a estadia prolongada – mas não paga uma viagem num helicóptero de emergência médica até casa.
A Lia’s Wings – instituição de solidariedade dedicada a estes casos – tem as pessoas necessárias, equipamento e aeronave; e tem lugar garantido num hospital perto da sua família em Cardiff.
Mas falta dinheiro para pagar toda a transferência. A instituição e a família já juntaram 18.000 euros; faltam quase 15.000 euros.
Já há uma angariação de fundos na GoFundMe: tem 6.500 euros até agora. “Muitas pessoas estão a doar dinheiro mesmo quando nem têm muito dinheiro para elas próprias“, contou Claire Savoury, irmã de David Barnett.
Que parvoíce! A culpa é do casal! Agradeçam a Portugal por estarem vivos.
Eu acho que o casal é esperto…quem é que viaja a 1 mês de um bebé nascer? quase de certeza que já sabiam que o parto ia ser complicado, no país deles não têm os especialistas em neonatologia como Portugal tem, e é um seviço caro lá… só que tiveram azar… não conhecem o filho do Marcelo e por isso a viagem de regresso não vai ser o erário público a pagar!