Pablo Casado decidiu manter-se à frente do Partido Popular (PP)pelo menos mais um mês, até à convocação do Congresso Nacional.
Segundo o El Mundo, todos os presentes na reunião apoiaram que Pablo Casado se deveria demitir já esta quinta-feira, mas o atual líder quis manter-se ao leme do partido, pelo menos até ao congresso, que se realiza a 2 e 3 de abril.
A reunião desta quarta-feira foi antecedida por um encontro entre Alberto Núñez Feijóo, que tem sido apontado como futuro líder do PP, e Pablo Casado.
No encontro que juntou os barões do PP, só não estiveram presentes o alto dirigente da Catalunha, Alejandro Fernández, e a das Baleares, Marga Prohens, ambos por motivos de saúde. Isabel Díaz Ayuso também não esteve presente, tendo ido assistir o jogo entre o Atlético de Madrid e o Manchester United.
Tudo isto acontece após um escândalo que abalou o PP, que começou com uma investigação interna que o próprio partido estaria a fazer a Ayuso, que era considerada uma estrela em ascensão depois de ter conquistado a governação de Madrid, ficando perto da maioria absoluta.
Em causa, estariam suspeitas de ter interferido na atribuição de um contrato para a compra de máscaras a uma empresa. O seu irmão seria intermediário deste contrato.
Ayuso denunciou, em conferência de imprensa na semana passada, a conduta “cruel” da direção do PP, dizendo ser vítima de uma “fabricação” para a prejudicar politicamente. A direção do partido reagiu, garantindo que iria abrir um processo interno.
