Automóveis em Portugal são os que registam mais campanhas de recolhas na Europa, quando há defeitos importantes.
Certamente haverá leitores que já passaram por uma situação destas: uma recolha obrigatória de um determinado modelo de carro.
A marca notifica o proprietário que há defeito de fábrica, muitas vezes importante, e que é preciso levar para a fábrica todos os exemplares daquele modelo.
Airbags, cintos de segurança, travões e sistemas eléctricos são os defeitos mais comuns. Nos últimos anos, é normal o problema ser de software.
Os carros são cada vez mais modernos e têm cada vez mais componentes eléctricos; e as recolhas são cada vez mais comuns, lembra a carVertical em comunicado enviado ao ZAP.
Aliás, se for um problema que compromete a segurança de condutores e passageiros, os fabricantes são obrigados por lei a recolher os veículos afectados e a repará-los.
Portugal é o carro com maior percentagem de recolha na Europa: 18,2% foram recolhidos pela fábrica pelo menos uma vez, segundo os dados da carVertical em Portugal.
Mais de um terço (38%) dos carros foi realmente à fábrica e deixou de ter o defeito em causa; mas a maioria continua a circular nas estradas com problemas por resolver ou em situação desconhecida, porque muitos portugueses ignoram estes recalls.
O estudo foi feito entre Janeiro de 2023 e Setembro de 2024, envolvendo 25 países europeus e os EUA.
Próximo de Portugal está a Grécia, com 17,6% de carros recolhidos. Seguem-se Espanha (14,5%), Bulgária (13,9%) e Alemanha (11,5%).
Reino Unido e Bélgica (3,1%) foram onde as recolhas foram mais escassas, além dos EUA (3,2%).
E isso pode ser realmente perigoso: falhas nos airbags já mataram pessoas.