Carneiro vai participar polícias “insubordinados” ao MP. Decisão sobre salários fica para o novo Governo

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Estela Silva / LUSA

João Gomes Cravinho, José Luís Carneiro (ao centro) e Pedro Sousa Rodrigues

José Luís Carneiro considera que o direito ao protesto tem limites e que os polícias não podem pôr em causa a segurança pública. O Ministro da Administração Interna deixa ainda a decisão sobre os aumentos salariais para o próximo Governo.

O ministro da Administração Interna anunciou hoje que vai participar ao Ministério Público todos os novos indícios de incitamento à insubordinação, a sua prática e eventual ligação a movimentos extremistas, praticados pelas forças policiais.

José Luis Carneiro falava aos jornalistas à saída de uma reunião, que durou mais de quatro horas, com o comandante-geral da GNR e com o diretor nacional da PSP, na sequência do adiamento no sábado do jogo Famalicão-Sporting, devido à falta de condições de segurança, causadas pela falta de policiamento.

“O Governo, por intermédio do comandante-geral da Guarda Republicana e do Diretor Nacional da Polícia de Segurança Pública, não permitirá atos que possam colocar em causa a segurança dos cidadãos. Para além dos processos de inquérito e disciplinares em curso, determinei à Inspeção Geral da Administração Interna a instauraçao urgente de inquéritos relativos ao policiamento dos jogos Famalicão-Sporting e Leixões-Nacional, bem como às suas consequências”, explicou.

Para José Luis Carneiro, o direito à manifestação “é legítimo e tem sido legitimamente exercido, mas tem limites”, frisando que as forças de segurança têm de garantir o “cumprimento da sua missão” e que o protesto não pode ser confundido com indisciplina e atos de insubordinação que coloquem em risco o estado de direito.

Nesse sentido, o Ministro disse que não permitirá atos que possam colocar em causa a segurança dos cidadãos, tendo já mandado instaurar processos de inquérito disciplinar.

Sobre as exigências salariais das polícias, Carneiro considera que um governo de gestão “não tem legitimidade para assumir encargos permamentes e duradouros” e que a decisão deve ser tomada pelo governo que sair das eleições.

ZAP // Lusa

3 Comments

  1. Segundo consta, os atestados médicos não referem que os polícias sofrem de insubordinação. Mas até eu passava ao ministro e a todo o governo um atestado de incompetência.

  2. Os atestados referem, pelo que disse alguém da polícia, que os ditos agentes sofriam com o calor que se fez sentir nos últimos dias!!! Para mim, os agentes da PSP talvez estejam a sofrer represálias por causa da sua ligação a movmentos que são absolutamento contrários aos seus deveres e funções e que, nesta situação de processo disciplinares, se porão ao fresco também por causa da onda de calor que eles irão levantar. Uma força que exige compostura aos cidadãos não pode, não deve mostrar-se asssim descomposta ou decomposta!!

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