Carlo Ancelotti volta ao Real Madrid seis anos depois

Everton / Twitter

O treinador Carlo Ancelotti.

O treinador italiano Carlo Ancelotti vai regressar ao Real Madrid seis anos depois, anunciou hoje o clube madrileno, revelando que o contrato será válido por três temporadas.

“O Real Madrid comunica que Carlo Ancelotti será o novo treinador da equipa principal para as próximas três temporadas”, pode ler-se numa breve nota do clube ‘merengue’, que encontrou assim o sucessor do francês Zinédine Zidane, depois deste ter anunciado a sua saída na última quinta-feira.

Ancelotti, que já orientou o Real Madrid entre 2013 e 2015, tendo conquistado a ‘décima’, a 10.ª Liga dos Campeões do clube em 2014, estava sob contrato com os ingleses do Everton até 2024, mas o clube de Liverpool não conseguiu manter o técnico, cuja mulher é de origem espanhola e diz apreciar a vida madrilena.

O regresso de Ancelotti, de 61 anos, para suceder a Zidane, seu antigo adjunto (2013/2014), é visto como uma tentativa de apaziguamento dentro do balneário, já que os ‘pesos pesados’ veem com bons olhos serem de novo dirigidos pelo técnico italiano, adepto como Zidane de um trabalho protetor, ao contrário de uma gestão mais agressiva, como o caso de outro italiano, António Conte, que terá estado nas contas de Florentino Pérez, presidente do Real Madrid.

Depois de anunciar a sua saída do Real Madrid, Zinédine Zidane publicou uma carta aberta em que revela as razões que o levam a abandonar o clube.

“Saio porque sinto que o clube já não me dá a confiança de que preciso, não me dá o apoio para construir algo a médio ou longo prazo. Conheço o futebol e as exigências de um clube como o Real Madrid, sei que quando não se vence é preciso sair”, lê-se na carta escrita por Zidane.

“Mas aqui foi esquecido uma coisa muito importante: tudo o que construí no dia a dia, o que contribuí no relacionamento com os jogadores, com as 150 pessoas que trabalham com a equipa. Sou um vencedor nato e estive aqui para conquistar troféus, mas acima disso estão os seres humanos, as emoções, a vida, e tenho a sensação de que essas coisas não foram valorizadas, que não foi compreendido que isso mantém a dinâmica de um grande clube. De certa forma, até fui censurado”, acrescenta o técnico gaulês.

ZAP // Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.