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Cientistas conseguiram registar canto de uma das baleias mais raras do mundo

(dr) NOAA

Baleia-franca-do pacífico (Eubalaena japonica)

Cientistas conseguiram, pela primeira vez, registar sons de um pequeno grupo de baleias-francas-do-pacífico (Eubalaena japonica).

Pela primeira vez, investigadores da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) conseguiram gravar sons de um pequeno grupo de baleias-francas-do-pacífico (Eubalaena japonica).

De acordo com o Science Alert, ao contrário de muitos outros cetáceos, esta espécie costuma ser tímida relativamente aos conhecidos “cantos de baleia”. Por isso, quando esta equipa de cientistas recolheu alguns sons curiosos há alguns anos, no Mar de Bering, ficaram bastante entusiasmados.

“Em 2010, começámos a captar um estranho padrão de sons. Pensámos que se poderia tratar de uma baleia-franca-do-pacífico, mas não tínhamos confirmação visual. Então, começámos a rever os dados a longo prazo dos gravadores acústicos ancorados e ouvimos esses padrões de forma repetida”, explica a cientista do NOAA, Jessica Crance.

“Ouvimos os mesmos barulhos durante o verão de 2017, e conseguimos associar os cantos a baleias macho desta espécie. Agora podemos dizer com certeza que são baleias-francas-do-pacífico, algo bastante excitante porque nunca tinha sido ouvido nada semelhante noutra população destas baleias”, acrescenta.

Nesta população em particular, há provavelmente apenas 30 espécimes. A sua natureza lenta e a característica de flutuar depois de morrer faz desta espécie a baleia “certa” para a caça.

Com a hipótese de extinção a aparecer no horizonte, os investigadores estão de olho nesta população de baleias. E, curiosamente, pode ser este pequeno grupo que está a inspirar os machos a cantar em coro.

“Talvez a proporção masculina de 2:1 no Pacífico Norte tenha levado estes machos a cantar para atrair fêmeas. Mas se calhar nunca vamos poder testar isso ou saber com certeza”, afirma a investigadora.

A equipa planeia agora recuar ao longo dos anos dos dados acústicos recolhidos, para ver se conseguem detetar mudanças nos padrões que possam indicar como os cantos evoluíram. A investigação foi publicada, em junho, no Journal of the Acoustical Society of America.

ZAP //

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