Cerca de 10% dos candidatos ao curso de sargentos para o quadro permanente do ramo entrou com nota negativa. O motivo: falta de militares para preencher as vagas disponíveis.
A escassez de candidatos para preencher as vagas do atual curso de formação de sargentos do quadro permanente do Exército levou o ramo a alargar os critérios de admissão. Segundo o Diário de Notícias, cerca de 10% dos lugares foram ocupados por militares com nota negativa a Português e a Matemática.
O aviso do concurso nota que os ligares preenchidos por militares com nota inferior a 10 valores “destinam-se à constituição de uma reserva de recrutamento, com a finalidade de preencher as vagas não preenchidas pelos candidatos que cumpram com todas as condições previstas nas normas do concurso de admissão”.
Esta informação consta de um aviso publicado a 9 de agosto em Diário da República e permite comprovar que o Exército português baixou para nove valores a nota média nestas duas disciplinas, com nota mínima de sete valores em cada uma delas.
Ao jornal, a porta-voz do Exército explicou que a decisão foi tomada depois de “efetuadas as provas culturais, físicas, médicas, emocionais e linguísticas” e para “constituir uma reserva de recrutamento” – da qual entraram oito candidatos, adiantou a major Elisabete Silva.
O aviso de abertura para o 47.º concurso de sargentos dos QP foi lançado em abril, de forma condicionada ao parecer favorável das Finanças e com a definição do número de vagas a preencher.
O Governo aprovou a 1 de outubro a abertura de 70 vagas para essa categoria, mas há 72 alunos a ter aulas porque dois deles são repetentes do curso de 2017, explicou Elisabete Silva. A nota mínima de acesso a esse curso (o do ano passado) era de 10 valores, admitiu ainda a porta-voz do Exército.