/

Candidato da oposição Mauricio Macri é o novo presidente da Argentina

Mauricio Macri / Flickr

Mauricio Macri, ex-presidente da Câmara de Buenos Aires, novo presidente da Argentina

Mauricio Macri, ex-presidente da Câmara de Buenos Aires, novo presidente da Argentina

O líder da aliança Cambiemos, Mauricio Macri, venceu este domingo a segunda volta das eleições presidenciais na Argentina, de acordo com os resultados iniciais.

Segundo os primeiros dados divulgados, Mauricio Macri, candidato da direita às eleições presidenciais na Argentina, obteve 52,96% dos votos, contra os 47,04% de Daniel Scioli, o candidato da coligação Frente para la Vitoria, apoiado por Cristina Kirchner, a chefe de Estado cessante.

É a primeira vez, em 100 anos de vida política na Argentina desde que se instituiu o voto, em 1916, que a eleição presidencial é ganha por um candidato civil que não pertence nem ao partido peronista nem ao radical socialdemocrata, as duas grandes forças populares argentinas.

Os primeiros resultados foram apresentados em conferência de imprensa, na qual estiveram o ministro da Justiça, Julio Alak, e o diretor nacional eleitoral, Alejandro Tulio.

Alak assinalou que as eleições decorreram normalmente, “com ordem e paz, e com altíssimo nível de segurança, organização e fiscalização”.

A taxa de participação rondou os 78%, adiantou o ministro da Justiça argentino.

A eleição de assinala o fim de 12 anos da era kirchnerista, iniciada pelo peronista Nestor Kirchner em 2003 e marcadas por crescimento económico, distribuição de riqueza e políticas de defesa dos direitos humanos.

Mas a lua-de-mel com a população argentina terminou com a posse de Cristina Kirchner, mulher e sucessora de Nestor Kirchner, que morreu em 2010, um ano antes da reeleição de Cristina.

Os mandatos da presidente cessante ficaram marcadas pelo confronto com o Poder Judicial, a oposição e a imprensa nacional, com os organismos financeiros internacionais e governos de países desenvolvidos – incluindo os de países amigos, como o Uruguai.

Simpatizantes de Macri comemoram vitória

Trinta e dois milhões de argentinos foram chamados este domingo a votar na segunda volta das presidenciais, depois de a 25 de outubro, na primeira volta, Daniel Scioli ter obtido 37,08% dos votos e Mauricio Macri 34,15%.

Na Argentina, onde se realizou pela primeira vez, desde a reforma eleitoral da década de 70, uma segunda volta nas eleições presidenciais, o voto é obrigatório.

Os simpatizantes de Mauricio Macri, candidato da oposição a presidência da Argentina, aguardaram com dificuldade o encerramento das urnas para poder comemorar a vitória.

“Estamos felizes com os resultados, mas temos de ir passo a passo”, disse Marcos Peña, responsável da campanha de Macri, perante centenas de simpatizantes.

“Estamos muito felizes com o que aconteceu hoje na Argentina”, acrescentou.

“A Argentina já não será igual a partir desta noite”, disse Ernesto Sanz, presidente da União Cívica Radical e aliado do partido conservador Proposta Republicana de Macri, na aliança Cambiemos.

Mauricio Macri, 56 anos, engenheiro civil e empresário de origem italo-espanhola, é actualmente presidente do Governo da Região Autónoma de Buenos Aires.

Decidiu entrar para a política em 1991, depois de ter sido raptado por agentes da Polícia Federal Argentina, que alegadamente o terão libertado depois de a família do empresário ter pago um resgate.

Macri foi durate 12 anos presidente do Boca Juniores, o maior clube de futebol da Argentina, que levou à vitória em várias coompetições internacionais.

ZAP / Lusa / Agência Brasil

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.