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Propinas, canábis e prostituição. As bandeiras “ousadas” da JS para o programa eleitoral do PS

A Juventude Socialista (JS) apresenta a António Costa, neste sábado, numa convenção em Lisboa, as medidas que quer ver incluídas no programa eleitoral do PS. São propostas “ousadas”, entre as quais se incluem a legalização da canábis e a regulamentação da prostituição.

António Costa vai marcar presença no encerramento do encontro nacional promovido pela JS que vai assinalar a apresentação das propostas que os “jotinhas” consideram centrais para o PS apresentar já nas próximas legislativas.

Intitulado “As nossas ideias”, o encontro arranca às 15 horas no Centro de Congressos de Lisboa (antiga FIL), na Junqueira, com a presença de cerca de 500 jovens.

Antes do encerramento da iniciativa, prevista para as 18 horas, com discursos do secretário-geral da JS, Miguel Costa Matos, e de António Costa, serão apresentadas “Oito escolhas para avançar”, com as propostas dos “jotinhas”.

“Na próxima legislatura, queremos avanços efectivos para melhores condições de vida, melhores salários e empregos mais dignos para a geração mais qualificada de sempre, mas que é também a mais precária de sempre”, aponta Miguel Costa Matos em declarações à agência Lusa.

O actual deputado e candidato em sétimo lugar na lista do PS pelo círculo de Lisboa assume ainda que duas “bandeiras” da JS, na próxima legislatura, vão passar por pressionar para que haja um reforço dos “cuidados de saúde mental” no Serviço Nacional de Saúde e “maior ambição no combate às alterações climáticas”.

É urgente aceitar estas propostas

Entre as medidas da JS incluem-se também a legalização da canábis para “uso pessoal” e a defesa dos “direitos de quem se prostitui através da regulamentação da prostituição“.

Mas os “jotinhas” do PS também querem uma educação sexual “atenta à igualdade de género e às orientações sexuais” e ao ensino “sobre consentimento”.

Além disso, notam que é preciso fomentar “uma escola menos focada em ensinar para os exames e mais centrada nos alunos aprenderem“.

Assim, propõem “um programa piloto de novos métodos de acesso ao ensino superior” que trate os estudantes “como pessoas e não números”.

Também querem o fim das propinas até 2030, mais apoio para os estudantes desfavorecidos no ensino universitário e a garantia de “residências para todos os estudantes deslocados e de 1.º ano”.

O acesso dos jovens à habitação é outra das preocupações que a JS vai apresentar a António Costa.

São propostas “ousadas”, como refere Miguel Costa Matos em declarações ao Público, sublinhando que tem existido um “bom diálogo” com a direção do PS e com António Costa em particular.

Portanto, Miguel Costa Matos refere que tem a “esperança” de que as medidas da JS sejam incluídas no programa eleitoral do PS para as legislativas de Janeiro próximo.

É urgente aceitar estas propostas. Este é o momento de fazer uma aposta para que os jovens encontrem em Portugal o seu futuro”, vinca o líder da JS.

ZAP // Lusa

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