A ex-vereadora Joana Oliveira Costa, que terá tomado posse ilegalmente, está de volta à Câmara de Lisboa, agora como assessora de Diogo Moura, o vereador que inicialmente foi substituir.
Segundo a CNN Portugal, 17 dias após deixar o cargo de vereadora da Câmara Municipal de Lisboa, Joana Oliveira Costa foi contratada por ajuste direto para o gabinete do vereador Diogo Moura.
A nomeação da jovem de 22 anos, atualmente no investigada pela Inspeção-Geral de Finanças (IGF) por alegadas irregularidades na sua posse como vereadora, está a ser contestada pela oposição.
De acordo com o contrato publicado na plataforma BASE, Joana Oliveira Costa receberá um salário anual de 37 525 euros para prestar serviços de assessoria na área da Economia e Inovação.
A decisão gerou críticas da oposição a Carlos Moedas, com o Chega a anunciar que irá chamar Diogo Moura à Comissão de Transparência para prestar esclarecimentos.
O deputado municipal Bruno Mascarenhas argumenta que não há justificação para a contratação e que esta representa uma “ofensa aos contribuintes”, referindo-se a um alegado mecanismo de “compensação” política.
A vereadora socialista Inês Drummond também condenou a decisão, sublinhando que Joana Oliveira Costa esteve no centro de uma polémica que pode comprometer as decisões municipais dos últimos meses. Segundo Drummond, “todas as decisões que tomou enquanto vereadora são passíveis de impugnação”.
Tal como o Chega, o PS avançará com um requerimento para que Diogo Moura esclareça a situação nas Comissões de Transparência e Finanças da Assembleia Municipal de Lisboa.
O gabinete do vereador justificou a contratação afirmando que Joana Oliveira Costa adquiriu experiência nas áreas de Economia e Inovação enquanto vereadora substituta e que reúne “conhecimento e confiança política” para o cargo.
A polémica começou quando Joana Oliveira Costa substituiu Diogo Moura na vereação entre maio e dezembro de 2024, após o centrista ter suspendido o mandato devido a uma acusação do Ministério Público, da qual foi posteriormente ilibado.
Contudo, a tomada de posse da vereadora foi posta em causa, uma vez que havia outro nome na lista que nunca recusou formalmente o mandato.
A IGF abriu uma investigação ao caso a 13 de janeiro, e a contratação de Joana Oliveira Costa entrou em vigor quatro dias depois.
Além dela, outros membros da sua equipa foram reconduzidos por ajuste direto, incluindo Enide Seixas, que esteve envolvida numa polémica por ter sido contratada antes de acabar o curso de Direito.
Mas restará algum pingo de vergonha a esta gentinha?
Vergonha !
E assim começam, saem directamente do ensino para os lugares a encher os bolsos, não é de admirar que este país esteja no pântano…