A Câmara de Caminha modificou o seu site institucional para ajudar Miguel Alves, ao alterar o currículo de um empresário com quem tinha negociado o centro de exposições.
A Câmara Municipal de Caminha retirou do site do município parte de um documento que prova ter sido o gabinete de Miguel Alves a difundir um “currículo fantansioso” de Ricardo Moutinho, empresário com o qual tinha negociado o projeto do Centro de Exposições Transfronteiriço (CET).
Confrontado pelo jornal Público, o presidente da autarquia, Rui Lages, reconheceu que tinham sido feitas “alterações” ao documento, embora tenha começado por negar quaisquer mudanças. No entanto, o autarca remeteu a responsabilidade para o próprio Miguel Alves.
Em 26 de setembro de 2020, o jornal local Terra e Mar publicou um texto sobre a aprovação do polémico contrato promessa de arrendamento que obrigou a Câmara de Caminha a pagar 369 mil euros à Green Endogenous.
Nesse texto, salienta o Público, é referido o currículo de Ricardo Moutinho. Além de ter sido “controller na Unilever Jerónimo Martins”, “analista na Vodafone Ventures, em Londres”, e “diretor de investimentos na Goldman Sachs, em Londres”. No documento, o empresário é apresentado como doutorado, embora não o seja.
No currículo, é dito ainda que Ricardo Moutinho foi “assessor do ministro de Estado e das Finanças” de Mário Centeno e “consultor da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC)”.
O Público contactou o Governo sobre a veracidade destes factos, ao que a resposta foi negativa. Além disso, descobriu ainda que o texto do jornal tinha origem na própria Câmara de Caminha.
A notícia de 26 de setembro de 2020, disponível no site do município, não coincidia com a que lá estava antes e que o jornal Terra e Mar havia publicado há dois anos.
Prendê-los todos e os últimos fora da Autarquia!!
este quanto mais se escava mais podres se descobrem, se ele soubesse o que sabe hoje teria preferido se manter no anonimato da Camara e assim lá ia fazendo mais umas Falcatruas e ninguem dava por isso, mas se fosse só este, investigando bem 70% entre Juizes , Presidentes da Camara e Autarcas é só corrupção, mas como é um círculo vicioso entre os 3 vai andando