António Cotrim / Lusa
O ex-ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita
O antigo ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita vai ser ouvido como arguido na fase de instrução do processo relativo ao atropelamento mortal na A6, por homicídio negligente, por omissão.
De acordo com a CNN Portugal, em causa está o pedido de abertura de instrução da Associação dos Cidadãos Auto-Mobilizados, com o intuito de responsabilizar também Cabrita pela morte do trabalhador na autoestrada. Esta é a primeira vez que um juiz vai analisar a conduta do antigo governante.
Além de Cabrita, o motorista da viatura oficial, Marco Pontes, e o antigo chefe de segurança da comitiva, Nuno Dias, fpram também constituídos arguidos no processo.
O atropelamento na A6 aconteceu em 18 de junho de 2021. A viatura onde seguia Cabrita atropelou o trabalhador Nuno Santos, que se encontrava naquela estrada a fazer trabalhos de manutenção.
O motorista que conduzia o carro foi acusado pelo Ministério Público (MP), a 03 de dezembro de 2021, de homicídio por negligência e de duas contra-ordenações. Este seguia na via da esquerda a uma velocidade de 163 quilómetros por hora. No mesmo dia, Cabrita apresentou a sua demissão do cargo.
Inicialmente, o Ministério Público só tinha deduzido acusação contra o motorista que conduzia a viatura, mas a ACA-M, que se constituiu assistente no processo, considerou após consultas dos autos que havia provas suficientes para responsabilizar o antigo ministro por um crime de homicídio por negligência.
