Para ter um “cabelo perfeito”, Trump vai mudar a lei da pressão de água nos chuveiros

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Michael Reynolds / EPA

O Presidente dos EUA, Donald Trump

O Governo norte-americano quer flexibilizar as regras para acessórios de chuveiros que permitem uma maior conservação da água depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se ter queixado da falta de pressão de água.

Esta quarta-feira, o Departamento de Energia revelou que está a tentar alterar a definição de chuveiro, que poderiam contornar as medidas de conservação aprovadas durante a presidência de George H. W. Bush, em 1992.

Segundo a lei, o máximo de água por minuto nos chuveiros deve ser inferior a 9,5 litros. Depois de terem surgido os sistemas com várias cabeças de chuveiro, a administração de Barack Obama estabeleceu que as restrições têm de se aplicar ao total de água.

Se a alteração avançar, esse limite será aplicado a cada cabeça de chuveiro, não a um único sistema.

Esta alteração surge depois de Donald Trump se ter queixado de falta de pressão de água nos chuveiros. “Chuveiros… tomas um duche e a água não sai”, disse em julho, quando anunciou uma revisão da regulamentação. “Queres lavar as mãos e a água não sai. Então o que é que fazes? Ficas lá mais tempo ou tomas um duche mais longo? Porque o meu cabelo, não sei em relação a vocês, mas tem de estar perfeito. Perfeito”, acrescentou.

Em dezembro, Trump disse que a Agência de Proteção Ambiental iria “avaliar seriamente os lavatórios, chuveiros e outros elementos das casas de banho”, alegando que a falta de pressão está a levar as pessoas a gastar mais água.

Por outro lado, os grupos de consumidores e de conservação consideram que a decisão é absurda, desnecessária e um desperdício.

David Friedman, vice-presidente de defesa da organização Consumer Reports, disse à BBC, que os chuveiros nos Estados Unidos já “alcançam altos níveis de satisfação do cliente”, enquanto economizam dinheiro às pessoas.

De acordo com dados do Departamento de Energia, das 12.499 cabeças de chuveiro registadas, 74% usam apenas 7,5 litros, 20% menos do que o limite estabelecido por lei.

ZAP //

 

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