Buscas na Câmara de Lisboa. Nomeação de Medina sob suspeita

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António Pedro Santos / Lusa

Fernando Medina

Investigações no departamento de Urbanismo devido a suspeitas de corrupção, participação económica em negócio e falsificação. Medina era o presidente.

A Polícia Judiciária avançou, ao mesmo tempo e de forma cirúrgica, buscas no departamento de Urbanismo da autarquia de Lisboa e nos domicílios e empresas de dois empresários de Castelo Branco.

Os dois empresários são suspeitos de participar num esquema ilícito de angariação de fundos para o Partido Socialista.

A Câmara Municipal de Lisboa confirmou hoje a realização destas buscas, mas remeteu mais esclarecimentos para as autoridades judiciais.

“Qualquer esclarecimento deverá ser prestado pelas autoridades judiciais”, disse à Lusa fonte oficial da Câmara Municipal de Lisboa, confirmando apenas as buscas no departamento de Urbanismo.

A TVI/CNN Portugal noticiou hoje à noite que a Polícia Judiciária realizou, na terça-feira, buscas na Câmara de Lisboa por “suspeitas de corrupção, participação económica em negócio e falsificação”, numa nomeação para “prestação de serviços que foi assinada em 2015” pelo então presidente da autarquia, Fernando Medina, que é agora ministro das Finanças.

Segundo a TVI, em causa estarão “a viciação das regras para a contratação de um histórico do PS de Castelo Branco com vista à gestão das obras públicas na capital”.

“O Ministério Público acredita que o objetivo do esquema visou a angariação de dinheiro em obras públicas, com subornos de empreiteiros, para o financiamento ilícito do PS, através dos chamados sacos azuis”, refere a TVI.

Ainda de acordo com a estação de televisão, a PJ realizou buscas no departamento de Urbanismo da Câmara de Lisboa e nas casas e empresas de dois empresários de Castelo Branco, suspeitos de participarem num esquema de angariação de fundos para estruturas do Partido Socialista.

“Os alvos, por suspeitas de corrupção, são Joaquim Morão, histórico socialista e ex-autarca de Castelo Branco e de Idanha a Nova, e o seu amigo António Realinho, empresário da mesma zona do país, que até já cumpriu pena de prisão por burla”, segundo a TVI.

A Lusa contactou o Ministério das Finanças e a Polícia Judiciária para mais esclarecimentos sobre o caso, mas até ao momento não foi possível obter uma resposta.

Em declarações à TVI, Fernando Medina disse não ter conhecimento de qualquer investigação, acrescentando apenas que “os processos de contratação da Câmara Municipal de Lisboa eram instruídos pelos serviços competentes para contratação, no cumprimento das normas aplicáveis”.

A TVI tentou também contactar Joaquim Morão e António Realinho, que não se mostraram disponíveis para prestar declarações.

ZAP // Lusa

4 Comments

    • E a ser verdade dificilmente o Costa pode dizer que não sabe de nada… ou então anda a leste das coisas como se vai vendo atualmente…

  1. Investiguem, investiguem … para os crentes acreditarem que sim! Eu diria que o investigador principal do caso deve estar a jogar um belo de um sudoku e a contar os anos até à reforma! Vai agora estar a arranjar maçadas ?

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