Entre pagamentos adiantados, sites falsos e ocultação de danos, há muitas pessoas enganadas no processo da compra.
Comprar carro pode ser sinónimo de gastar milhares de euros com base numa mentira. Ou em várias mentiras ao mesmo tempo.
A carVertical, empresa de dados automóveis, partilhou com o ZAP uma lista das 10 fraudes mais comuns no processo da compra do carro.
A mais comum é o pedido de pagamento adiantado por parte do vendedor. Normalmente, nesse tipo de anúncios o preço é mais baixo do que a média; mas depois surge a indicação de que o carro está longe e que é preciso transferir dinheiro antes da entrega do carro – e fingem que há outros interessados, por isso é preciso transferir já. Quando recebe o dinheiro, o vendedor desaparece e não há carro para ninguém.
A segunda burla citada são os sites de concessionários que são falsos, que afinal não há concessionário nenhum. São páginas convincentes, que parecem mesmo ser de redes ou marcas oficiais. Com links quase iguais aos originais. Mais uma vez, os criminosos costumam pedir dinheiro adiantado nestes casos.
Há carros importados que aparecem no anúncio como nacionais. Nessas importações, muitas vezes há fraude no conta-quilómetros e alguns danos podem ser ocultados.
Relacionado com esta anterior, a fraude no conta-quilómetros. O vendedor manipula, arranja maneira de parecer que o carro é mais “novo” do que é, ao colocar menos quilómetros no painel. Menos quilómetros (supostamente), carro mais caro.
No marketplace do Facebook surgem muitos anúncios de peças falsificadas. Sob a ilusão de um bom negócio, o interessado paga e, novamente, o burlão desaparece quando recebe o dinheiro.
Muitas vezes o comprador fica com um carro sem ser informado do “currículo” dos danos. Poderá fazer muitas reparações em breve. E o veículo pode ter danos estruturais (escondidos) que comprometem a sua segurança.
Outra burla habitual: relatórios falsos. Alguns vendedores fraudulentos falsificam os relatórios históricos dos veículos para “provar” que o carro não tem problemas. Acontece algo semelhante em algumas inspecções.
Há vendedores que vendem carros que eram táxis ou carros de aluguer, mas não informam. São veículos que, quase de certeza, têm muitos mais quilómetros percorridos, maior desgaste – e a probabilidade de ter problemas aumenta.
Por vezes são vendidos carros roubados (como noutros sectores). Como noutros contextos, deve sempre verificar o historial do carro.
Por fim, e voltando um pouco ao início, circulam esquemas de pagamento suspeitos. Os vendedores fraudulentos podem afirmar que não aceitam transferências bancárias, mas que preferem pagamentos através de serviços como a Western Union – aqui é melhor estar logo alerta porque os burlões podem criar identidades falsas e receber o dinheiro, sem nunca mostrar o veículo.
