Descoberto buraco negro 33 mil milhões de vezes mais massivo que o Sol

ESA/Hubble, DSS, Nick Risinger (skysurvey.org), N. Bartmann

Impressão de artista de um buraco negro à deriva pela nossa Galáxia, a Via Láctea.

Uma equipa de astrónomos detetou um dos maiores buracos negros já observados, através de uma nova técnica que pode vir a revelar mais informação sobre os milhares destes gigantes cósmicos que devem ser descobertos nos próximos anos.

O buraco negro “é um dos maiores jamais detetados e no limite superior de quão grande acreditamos que os buracos negros podem teoricamente tornar-se, por isso é uma descoberta extremamente excitante”, explicou o físico James Nightingale, da Universidade de Durham, no Reino Unido, citado pelo Science Alert.

Este buraco negro supermaciço tem uma massa equivalente a 33 mil milhões da massa do Sol, segundo o estudo publicado na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. É o primeiro buraco negro cujas características são determinadas graças à técnica de deteção por lentes gravitacionais.

Esse fenómeno é provocado pela presença de um objeto tão massivo que dobra o espaço-tempo. Portanto, a luz oriunda de uma fonte distante aparece distorcida quando passa por perto.

Mas enquanto podemos observar uma galáxia, mesmo a grande distância, não podemos ver um buraco negro. Este objeto tem a particularidade de ser tão denso que nem mesmo a luz lhe consegue escapar, o que o torna “invisível”.

Desta vez, os investigadores conseguiram observar a luz de uma galáxia localizada muito atrás do buraco negro, a Abell 1201, e cujo caminho parecia ser desviado pelo próprio buraco negro, a cerca de dois mil milhões de anos-luz da Terra.

Até agora, para detetar um buraco negro era necessário observar as emissões de energia que estes produzem ao absorver a matéria ao seu redor ou observando a sua influência na trajetória das estrelas que estão em órbita. Estas técnicas funcionam apenas para buracos negros próximos da Terra.

A descoberta agora publicada pela equipa de astrónomos é baseada em simulações de computador e imagens obtidas pelo telescópio espacial Hubble.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.