Bruma fez sonhar, antes do balde de água fria

11 anos depois, a Liga dos Campeões voltou a jogar-se na Pedreira. O Sporting de Braga recebeu o Napoli, na noite desta quarta-feira, mas não conseguiu levar a melhor. 1-2 foi o resultado final.

O Braga esteve perto de arrancar um ponto ante o Napoli, campeão italiano, mas acabou por perdeu perto do fim, mercê de um autogolo de Niakaté.

Os transalpinos foram quase sempre mais perigosos, marcaram na primeira parte por Di Lorenzo, e apenas vacilaram quando Bruma empatou, já na reta final da partida… Só que, logo a seguir, Niakaté enganou-se na baliza e os italianos levam, assim, os três pontos.

Não que o Napoli tenha dominado o desafio, longe disso, o jogo até teve equilíbrio e lances de parte a parte, mas os transalpinos iam conseguindo, com maior ou menor dificuldade, criar inúmeras situações de golo, com Victor Osimhen como grande protagonista.

Aos seis e 11 minutos, o atacante nigeriano fez Matheus brilhar, com Di Lorenzo a obrigar o guardião a trabalhos na recarga, no segundo lance.

Napoli com mais argumentos

O Braga ia respondendo e criando algum perigo, mas os campeões italianos eram mais acutilantes, com Osimhen a acertar com estrondo na barra aos 26 minutos.

Até que, nos descontos, o Napoli marcou. Cruzamento da esquerda, Osihmen, sempre ele, cabeceou atrasado para remate potente de Di Lorenzo, que ainda embateu na barra.

Matheus, o MVP ao intervalo, nada podia fazer. O guarda-redes registava um GoalPoint Rating de 6.8, fruto de quatro defesas e 0,5 golos evitados (defesas – xSaves).


O Braga não conseguiu inverter o figurino da partida após o intervalo. Os italianos continuaram a ser mais assertivos na frente de ataque, a rematar mais e com melhor qualidade, e sempre no controlo das operações. Pelo menos até aos 84 minutos.

Neste momento, Zalazar cruzou e Bruma surgiu de rompante na área a desviar com sucesso. Cheirava a um ponto conquistado pelos minhotos, mas não… Aos 88 minutos, cruzamento de Piotr Zieliński e Niakaté, na tentativa de cortar, fez autogolo.

Balde de água fria na Pedreira e entrada com o pé esquerdo na Liga dos Campeões, apesar de Pizzi ainda ter acertado com estrondo no poste, já no período de descontos.

Melhor em Campo

Giovanni Di Lorenzo foi o carrasco bracarense.

O lateral esteve em plano muito elevado e foi o melhor na Pedreira, com um excelente GoalPoint Rating de 8.2.

Além do golo que marcou, o 1-0, o italiano criou uma ocasião flagrante, fez um passe de rutura, completou as duas tentativas de drible, registou quatro desarmes e três intercetações.

Destaques do Braga

Bruma 7.2

O golo que marcou de cabeça, perto do fim, num belo desvio, abriu a esperança bracarense. O extremo fez dois passes para finalização, acumulou sete ações com bola na área contrária e completou três de cinco tentativas de drible.

Matheus 6.9

O brasileiro evitou males menores. As suas cinco defesas evitaram 0,6 golos (defesas – xSaves). Esteve sempre muito seguro.

Al Musrati 6.4

Muito bem no passe, o líbio fixou o máximo de entregas certas (71) e tentadas (79), tendo completado 12 de 14 passes longos. Registo também para um passe de ruptura e seis desarmes, valor mais alto do jogo.

Borja 6.1

O lateral-esquerdo esteve bem, a defender a atacar. Além de dois cruzamentos eficazes em quatro, somou quatro alívios e outros tantos bloqueios de passe/cruzamento.

Ricardo Horta 5.8

O atacante bem tentou, mas não era o seu dia. Horta fez quatro remates, enquadrou só um, acumulou seis acções com bola na área contrária e sofreu três faltas, duas delas que deram amarelo para transalpinos.

Destaques do Napoli

Khvicha Kvaratskhelia 6.6

O criativo georgiano voltou a mostrar toda a sua qualidade. Dono do máximo de passes para finalização (5), tentou por cinco vezes o drible e teve sucesso em três.

Piotr Zieliński 6.3

Do seu pé esquerdo saiu o cruzamento que Niakaté converteu em autogolo. O polaco criou uma ocasião flagrante e a sua nota teria sido mais alta se não tivesse falhado uma flagrante também.

Victor Osimhen 6.2

Uma autêntica dor de cabeça. O nigeriano fez nada menos que nove remates, mas só dois enquadrados, tento acertado também na barra. De negativo uma flagrante falhada, mas acumulou o máximo de passes progressivos recebidos (15), de acções com bola na área contrária (10) e de duelos aéreos ofensivos ganhos (4 em 5).

Resumo

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