Bronca na UE: marcha-atrás, comissário desautorizado e confusão por causa da Palestina

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Pepe Torres / EPA

Josep Borrell

A aparente suspensão dos apoios aos palestinianos originou mal-estar em Bruxelas. Em causa o destino do dinheiro.

Dia de confusão em Bruxelas, no seio da Comissão Europeia e, por arrasto, da União Europeia (UE). Tudo por causa da guerra em Israel.

Ao início da tarde desta segunda-feira, a entidade assegurou que os apoios económicos e financeiros ao povo da Palestina iriam continuar.

Houve reunião extraordinária dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE e, duas horas depois, o anúncio: “Suspensão imediata” de todos os pagamentos e projectos na Palestina.

O anúncio foi do comissário europeu para a Política de Vizinhança e o Alargamento, Olivér Várhelyi, que explicou que iria ser verificado se o dinheiro da UE tem ajudado o Hamas – autor do ataque.

Mas Bruxelas fez “marcha-atrás”, como escreve o canal Euronews: pouco depois, essa suspensão foi desmentida.

Isto porque houve Estados-membros da UE a reagirem logo contra a decisão, sobretudo Espanha, Irlanda e Luxemburgo, que disseram que não foram consultados antes deste anúncio.

A Comissão Europeia começou por alterar o discurso, alegando que “não havia financiamentos previstos” para a Palestina; por isso, “não há lugar a qualquer suspensão”.

Mas o comissário europeu Olivér Várhelyi, que tinha anunciado a suspensão da ajuda, foi mesmo desautorizado por outro comissário europeu (para a Gestão de Crises), Janez Lenarčič: o fim da ajuda humanitária está fora de questão.

Foram horas de mal-estar e de confusão na Comissão Europeia, descreve a agência Lusa.

A comitiva espanhola foi a que apresentou uma reacção mais dura: o ministro dos Negócios Estrangeiros – que preside o Conselho da UE – ligou ao comissário Olivér Várhelyi para reclamar por causa do seu anúncio; também falou com Josep Borrell.

Borrell, Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, também desmentiu o comissário Olivér Várhelyi: “A revisão do apoio da UE à Palestina anunciada pela Comissão Europeia não suspenderá os pagamentos devidos”.

Como conclusão, a Comissão Europeia repetiu que não vai cancelar o apoio humanitário ao povo da Palestina; vai rever a canalização do dinheiro que tem sido enviado, para verificar se não foi desviado para o Hamas.

ZAP //

4 Comments

  1. Conclusão, acabaram de confirmar, com Esta confusão, que mais uma vez apoios europeus andaram a ajudar células terroristas! Fantástico! Dá gosto ser europeu, Portugal está na vanguarda dos apoios aos terroristas! Acho que aprendemos todos pelos mesmos.

  2. Mais do mesmo… morreram 100 judeus, o outro lado na interessa, na vende!!!
    Os Palestinianos são terroristas… os isrraelitas que vão matando pouco a pouco, ocupando pouco a pouco,são vitimas de 1 ataque terrorista!!!
    Não defendo ninguém, mas… façam as contas TODAS!!!
    E, tentem ter em conta um Palestiniano como Ser Humano… não apenas os Judeus!!!
    KJá sei… na vão publicar as contas pois, não vendem!!!
    Indo direto ao tema: se a Ucrania tem direito de se defender com as armas que tem mais as que lhe vão dando, porque a Palestina não pode fazer o mesmo????? Também estão a ser invadidos há bué de anos e ninguém diz nada!!!
    Este ataque foi horrendo, mas viver a vida de um Palestiniano é horror desde a nascença até à morte!!!

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