Trio perfeito de atóis sobreviventes na costa australiana: “brilham como jóias”

NASA / ISS program

Rowley Shoals é um território australiano composto por três atóis: Imperieuse Reef (em baixo à esquerda), Clerke Reef (ao centro) e Mermaid Reef (em cima à direita).

Esta fotografia, tirada em 2011 por um astronauta, mostra os atóis de Rowley Shoals alinhados numa linha quase perfeita ao largo da costa da Austrália. São os sobreviventes de um antigo sistema de recifes de barreira que se estendeu por quase 2000 quilómetros.

Rowley Shoals é uma cadeia única de pequenas ilhas alinhadas lado a lado ao largo da costa da Austrália.

As estruturas em forma de ovo são todas atóis – anéis de terra construídos a partir de recifes de coral que outrora circundavam uma ilha que posteriormente se afundou sob as ondas.

Como explica a Live Science, este é um território australiano desabitado situado no Mar de Timor a cerca de 290 quilómetros (km) da costa da Austrália Ocidental.

De sudoeste para nordeste (da esquerda para a direita), as ilhas chamam-se Imperieuse Reef, Clerke Reef e Mermaid Reef.

De acordo com o Observatório da Terra da NASA, estes atóis estão uniformemente espaçados numa linha reta quase perfeita que se estende por cerca de 100 km de uma ponta à outra. Cada ilha tem uma superfície de cerca de 80 quilómetros quadrados.

Apenas Imperieuse Reef e Clerke Reef têm ilhotas de areia branca, que permanecem acima da água. Como descreve a Live Science: “brilham como jóias”. O recife Imperieuse tem também a única estrutura permanente construída pelo homem em Rowley Shoals – um farol.

Ex-rival da Grande Barreira de Coral

As ilhas ovais fizeram outrora parte de um colossal sistema de corais que rivalizava com a Grande Barreira de Coral. Estendia-se por quase 2000 quilómetros. Era uma das maiores plataformas continentais da Terra.

Há cerca de 10 milhões de anos, esta área albergava essa tal enorme sistema de recifes de barreira, que mais tarde caiu no mar devido à subdução tectónica.

Segundo um estudo publicado em fevereiro, acredita-se que os atóis sejam alguns dos últimos remanescentes deste ecossistema perdido, juntamente com o recife de Ningaloo, as ilhas Ashmore e Cartier e os recifes Scott e Seringapatam.

Turismo deixou atóis em risco

Como refere a Live Science, os ecossistemas de Rowley Shoals sofreram um declínio maciço na década de 1970, quando as ilhas se tornaram populares entre os turistas e começaram a acolher expedições de pesca em alto mar.

Como resultado, a área está atualmente protegida por duas reservas marinhas. Isto ajudou os respetivos ecossistemas a recuperar os níveis anteriores ao turismo.

Atualmente, os atóis são o lar de uma grande variedade de vida marinha, incluindo tartarugas marinhas, tubarões de recife e amêijoas gigantes, bem como cerca de 900 outras espécies de peixes, moluscos e corais.

Miguel Esteves, ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.