O ex-ministro da saúde do Brasil, o general Eduardo Pazuello, deixou o cargo suspeito de crimes, investigado pela Polícia Federal e com o país a bater o recorde de mortes pela doença.
Como lembrou o Público, Pazuello entrou no ministério em abril de 2020, após a demissão de Luiz Henrique Mandetta, que discordava do Presidente Jair Bolsonaro sobre a necessidade de medidas de distanciamento social. Com a saída do médico Nelson Teich, que entretanto tinha assumido o cargo, o general ficou com a pasta.
Desde o início da sua gestão, defendeu a cloroquina e a hidroxicloroquina para o tratamento da covid-19, mesmo sem evidências. Questionado pelo Tribunal de Contas da União, afirmou, em janeiro, que nunca autorizou o uso do medicamento.
Ainda em janeiro, Pazuello lançou em Manaus uma aplicação – a TrateCov -, que estimulava os profissionais de saúde a prescrever medicamentos sem eficácia comprovada contra o coronavírus – hidroxicloroquina, cloroquina, ivermectina, azitromicina e doxiciclina.
A crise da falta de oxigénio em Manaus, que levou à sua saída, levou-o a ser investigado pela Polícia Federal, com autorização do Supremo Tribunal Federal.