Bombeiros ponderam despedir trabalhadores por atrasos de pagamento do Estado

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As associações de bombeiros estão a ponderar despedir trabalhadores devido aos atrasos de pagamento do Estado.

O Ministério da Saúde deve entre 20 a 25 milhões de euros aos bombeiros, segundo as contas da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP). Os atrasos nos pagamentos são relativos ao transporte de doentes não urgentes. Algumas corporações avisam que vão ter de despedir pessoal para garantir serviços.

De acordo com o Jornal de Notícias, a LBP diz que o caso é particularmente grave no distrito de Castelo Branco, mas também em Évora.

“A Unidade Local de Saúde de Castelo Branco deve mais de um milhão e 300 mil euros aos 12 corpos de bombeiros do distrito. É uma situação que se mantém há mais de sete ou oito meses”, afirma António Nunes, presidente da LBP, ao JN.

No ano passado, António Nunes reuniu com o anterior secretário de Estado da Saúde, Lacerda Sales, que “resolveu um bocadinho o problema”. “As dívidas relativas a 2020/2021 ficaram saldadas”, acrescenta.

Também houve reuniões com a Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro e com a administração do hospital de Castelo Branco para “tentar desbloquear a situação”.

No entanto, a Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, por exemplo, continua com uma dívida de um milhão e 300 mil euros às 12 corporações existentes neste distrito.

Ricardo Araújo, presidente dos Bombeiros Voluntários de Proença-a-Nova alerta que “não há casa que aguente”.

“As associações vão fechar e não estou a exagerar. É impossível estar 11 meses a trabalhar sem receber”, acrescenta.

Também na Sertã, há uma dívida na área da saúde ascende aos 380 mil euros.

Esta quarta-feira, a Liga dos Bombeiros Portugueses esteve reunido com Margarida Tavares, secretária de Estado da Promoção da Saúde, para dar conta das dificuldades das associações humanitárias de bombeiros

ZAP //

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