Bolsonaro escondeu mais de 1000 relatórios que alertavam para a gravidade da covid-19

Estudos científicos que alertavam para cenários de morte por Covid-19 e para a necessidade de vacinação nunca foram enviados à Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado à Covid-19.

O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro terá ignorado relatórios que alertavam para a necessidade de vacinação e para as desvantagens da utilização da cloroquina — medicamento indicado como potencialmente terapêutico no tratamento da doença.

Avança a Folha de São Paulo que foram enviados mais de 1000 relatórios para o Palácio do Planalto pela Agência Brasileira de Inteligência e pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

Os milhares de estudos científicos, que projetavam os perigos que os 27 estados brasileiros corriam, nunca foram enviados à Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado à Covid-19, que durou cerca de 6 meses.

Os documentos terão sido produzidos entre março de 2020 e julho de 2021 e reforçam que Bolsonaro ignorou, além das indicações do Ministério da Saúde, os relatórios que alertavam para o aumento de número de mortes provocadas por covid-19.

Grande parte dos documentos aponta para três cenários de aumento de casos de morte por Covid no país, projetados para as duas semanas seguintes.

Durante a pandemia, Bolsonaro desvalorizou a doença e as suas consequências, contrariando especialistas de saúde ao continuar a promover aglomerações e a criticar as recomendações de combate ao vírus. Afirmou inclusive, em março de 2020, que a doença “é muito mais fantasia” e que “não é isso tudo que os media propagam”, enquanto chamou de “idiotas” àqueles que se mantinham em confinamento.

De acordo com o Ministério da Saúde brasileiro, o Brasil já perdeu 704,659 pessoas para a doença que se espalhou pelo Mundo em 2020.

ZAP //

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