/

Bolivianos disseram “Não” a quarto mandato de Evo Morales

2

agenciaandes_ec / Flickr

Evo Morales, o presidente da Bolívia

Evo Morales, o presidente da Bolívia

Com 72,5% dos votos apurados, o “Não” ganhou vantagem no referendo à possibilidade de reeleição de Evo Morales a presidente da Bolívia.

Este domingo, 6,5 milhões de eleitores foram às urnas votar uma mudança constitucional que permitiria ao presidente Evo Morales disputar um quarto mandato presidencial consecutivo, em 2019.

O Tribunal Superior Eleitoral da Bolívia divulgou esta segunda-feira o resultado parcial do referendo, e segundo os resultados já apurados, 56,5% dos bolivianos votaram a favor do Não e 43,2% pelo Sim.

Sondagens à boca das urnas dão a vitória ao Não, mas Evo Morales pediu aos bolivianos que esperassem “serenamente” pelos resultados oficiais.

Segundo o presidente, quando forem contadas as urnas no interior da Bolívia e os votos dos residentes no estrangeiro – onde o governo tem mais apoio – o cenário pode mudar.

Morales afirmou já, entretanto, que independentemente do resultado do referendo, vai continuar com as políticas adoptadas desde seu primeiro mandato, em 2006.

O terceiro mandato de Morales termina em 2020. Se a reforma for aprovada, e vier a ser reeleito, poderá manter-se no poder até 2025.

Primeiro presidente indígena da Bolívia, Juan Evo Morales Ayma, de 56 anos, diz que este é o tempo necessário para concluir a sua “revolução”.

Em dez anos de governo, Evo Morales nacionalizou os recursos naturais, reduziu os índices de analfabetismo e de pobreza, e a economia boliviana cresceu em média 5% ao ano.

Apesar de ter assumido recentemente o terceiro mandato consecutivo, transformando-se no presidente que mais tempo governou um país com histórico de instabilidade política e económica, Morales aproveitou o cenário favorável para lançar uma campanha pelo “sim” à reforma constitucional.

A oposição ao presidente Morales, que fez campanha pelo “não”, diz que a falta de alternância política é sinónimo de autoritarismo.

A morte de seis pessoas num protesto e denúncias de que Evo Morales teria favorecido uma ex-namorada com contratos governamentais contribuíram para fortalecer os oposicionistas.

Na noite de domingo, mal terminou a votação, a oposição comemorou o que considera ter sido a primeira derrota de Morales em dez anos de governo.

Mas o vice-presidente Álvaro García Linera, que acompanha o presidente desde a primeira eleição, disse que qualquer festejo é prematuro porque, numa votação tão renhida, todos os votos contam, e “basta um a mais” para ganhar.

ZAP / ABr

2 Comments

  1. sera agora que esse evo e a corja que o elegeu vai dar uma tregua ao narco trafego legalizado?….. ele bem refere que os bolivianos no exterior o apoiam mais… pudera….devem ser os recetadores do po que morales espalha pela sua mala diplomatica em redor do mundo…… sera que ja deixou algum a familia da lci…mariana marina e suas cumplices?

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.