A explosão causou uma ejeção de massa coronal que deve causar auroras boreais mais intensas e pode afetar o funcionamento normal dos satélites.
Os “restos mortais” de uma mancha solar que explodiu na segunda-feira, 11 de Abril, foram lançados pelo cosmos e vão chegar esta quinta-feira à Terra.
A explosão da mancha AR2987 libertou imensa energia em forma de radiação, o que também levou a uma ejeção de massa coronal. Juntas, estas explosões podem causar auroras boreais mais intensas no norte da atmosfera terrestre.
As manchas solares são regiões escuras na superfície da nossa estrela que são causadas pelo fluxo magnético intenso no interior do Sol. São temporárias e podem durar entre meras horas até alguns meses, nota o Live Science.
Quando uma mancha “morre”, a convecção do Sol separa-as, mas ocasionalmente estas podem “renascer” no mesmo lugar com mais magnetismo algum tempo depois.
A mancha AR2987 causou uma explosão solar de classe C na segunda-feira. Estas explosões acontecem quando o plasma e os campos magnéticos acima da mancha cedem perante a pressão e aceleram para fora.
Estas explosões são frequentes e raramente têm um impacto direto na Terra, podendo apenas, como neste caso, ocasionalmente causar ejeções de massa coronal — grandes erupções de plasma e dos campos magnéticos do Sol que podem viajar pelo Espaço a milhões de quilómetros por hora.
As ejeções causadas por explosões de classe C são geralmente fracas e lentas. Quando estas chocam com o campo magnético que envolve a Terra, as partículas carregadas viajam ao longo das linhas dos campos que protegem os polos do planeta e interagem com os gases na atmosfera.
A energia é libertada em forma de fotões e cria o magnífico fenómeno das auroras boreais e austrais. Em alturas normais, o vento solar é suficiente para criar as auroras, mas estas são ainda mais intensas durante uma grande ejeção de massa.
A ejeção de massa coronal libertada na segunda-feira pode causar uma pequena tempestade geomagnética a 14 de Abril, o que pode causar alguns percalços nos serviços dos satélites e da rede elétrica.
O Sol está atualmente no ciclo solar 25 desde o início das observações, em 1755. O número de manchas solares tem aumentado e deve chegar ao seu pico em 2025, pelo que se podem antecipar mais tempestades solares e auroras boreais.