Boavista 0-3 Sporting | Triunfo natural aproxima leão do topo

O Sporting até poderá não chegar ao título, mas a três jornadas do fecho da Liga Bwin, o “leão” conseguiu repor em seis pontos a desvantagem em relação ao líder FC Porto, que perdeu esta segunda-feira na visita ao Braga.

A formação leonina foi sempre melhor equipa na deslocação ao Estádio do Bessa e ganhou por 3-0 ao Boavista, golos de Matheus Nunes, Rodrigo Abascal na própria baliza e Bruno Tabata de grande penalidade.

Um jogo onde nunca a sua vantagem esteve verdadeiramente em causa.

O Sporting atingiu a vantagem numa primeira parte em que foi mais efectivo em termos de posse de bola (64%) e criou mais perigo, algo que fica bem patente nos remates enquadrados (3-0), e também nos Expected Goals (xG), com os “leões” a chegarem aos 0,6 e a justificarem o 1-0 com que se atingiu o intervalo.

O golo da partida, de Matheus Nunes (37′), nem era o que mais perigo representava, uma vez que o remate do médio aconteceu ainda de fora da área.

Só que este foi muito colocado, bem junto ao poste direito da baliza de Bracali, sem hipóteses de defesa.

Matheus era o melhor em campo nesta fase, com um GoalPoint Rating de 7.1, que reflectia ainda 93% de eficácia de passe e três dribles completos e cinco.

O Boavista tentou (e conseguiu) equilibrar um pouco os acontecimentos na segunda parte, com mais bola e tapando melhor os caminhos para a sua baliza, mas continuou sem construir muito perigo.

A etapa complementar presenteou-se com um futebol mais aos repelões, sem grandes ideias ou rasgos individuais ou colectivos, e até o 2-0 foi o espelho dos acontecimentos.

Aos 58 minutos, Marcus Edwards cruzou da direita, a bola desviou em Abascal, traiu Bracali, foi ao poste e entrou (ligeiramente, mas o suficiente).

O jogo estava bem encaminhado para o “leão”, que chegou ao 3-0 aos 83 minutos. Abascal fez falta para penálti sobre Bruno Tabata e o brasileiro, da marca dos 11 metros, atirou a contar, apenas ao nono remate leonino, quinto na direcção da baliza.

Estava encontrado o vencedor da partida e o Sporting reduziu para seis os pontos de desvantagem em relação ao FC Porto.

Estela Silva / Lusa

Melhor em Campo

Nem precisou de jogar toda a partida. Matheus Nunes saiu aos 57 minutos, para entrar Manuel Ugarte, mas já tinha feito o suficiente para ser o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 7.6.

O médio fez o 1-0, num remate colocadíssimo, completou 93% dos passes que realizou, três de cinco tentativas de drible e fez seis recuperações de posse.

Destaques do Boavista

Porozo 6.3 – O central foi o melhor dos “axadrezados”. Além de competente no passe, com 42 certos em 45, recuperou dez vezes a posse de bola e fez seis alívios, máximo do jogo.

De Santis 6.1 – O atacante venezuelano manteve sempre a defesa leonina em sentido, mas acabou por não conseguir mais do que dois remates. Curiosamente destacou-se também nos aspectos defensivos, terminando com quatro desarmes, segundo valor mais alto do encontro.

Cannon 6.1 – O norte-americano, central do lado direito do Boavista, esteve também muito bem no passe, com 43 certos em 46, e dois super aproximativos. Somou ainda dez acções defensivas, com destaque para quatro desarmes e três intercepções.

Destaques do Sporting

Coates 7.5 – O uruguaio saiu aos 78 minutos com o segundo melhor rating do jogo e uma exibição imaculada. Além de ter falhado somente três de 62 passes, fez 11 aproximativos e registou o máximo de recuperações de posse (11).

Gonçalo Inácio 6.8 – Logo a seguir os dois parceiros da defesa. Inácio somou o máximo de passes certos no jogo (91 de 98), de acções com bola (117), ganhou os quatro duelos aéreos defensivos em que participou, fez cinco desarmes e outras tantas intercepções, ambos máximos.

Neto 6.5 – Do lado direito esteve Neto, que só falhou dois de 73 passes (97% de eficácia), ganhou dois de três duelos aéreos defensivos e acumulou oito acções defensivas.

Tabata 6.3 – O brasileiro entrou aos 69 minutos para o lugar de Pedro Gonçalves e teve impacto muito positivo no jogo. Não só sofreu falta para grande penalidade, como converteu ele mesmo o castigo no 3-0 final.

Nuno Santos 6.3 – De novo a ala esquerdo, o português esteve sólido a defender, com um acumulado de três desarmes e três intercepções, registando ainda quatro passes ofensivos valiosos.

Palhinha 5.9 – De novo titular, o “trinco” lutou muito, terminando com o máximo de acções defensivas no meio-campo contrário (4) e três desarmes. Na frente acertou uma vez no ferro e na construção completou 72 de 77 passes.

Sarabia 5.9 – Um pouco mais apagado do que o costume, o espanhol só falhou três de 30 passes, mas ofensivamente foi pouco mais do que inofensivo.

Edwards 5.8 – Dá um toque de classe extra à equipa. Além de ter feito o cruzamento que acabou em autogolo de Abascal, o inglês fez dois passes para finalização, oito ofensivos valiosos e completou duas de três tentativas de drible. Pena os quatro desarmes sofridos.

Pedro Gonçalves 5.6 – Bem tentou marcar golo, com três disparos, dois enquadrados, mas acabou por desperdiçar uma ocasião flagrante. Recebeu o máximo de passes aproximativos (11).

Ricardo Esgaio 5.4 – Jogo discreto do lateral. É certo que fez dois passes para finalização, mas consentiu quatro dribles, dois deles no primeiro terço.

Vinagre 4.4 – Entrou aos 68 minutos para a vaga de Nuno Santos, mas sentiu grandes dificuldades para “entrar” verdadeiramente em cena, tenso sido driblado três vezes, duas no primeiro terço.

Resumo

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