A blogger e historiadora alemã Marie Sophie Hingst está a ser acusada de divulgar histórias falsas sobre a morte da sua família, que disse ser de origem judaica, durante o Holocausto.
De acordo com a revista alemã Der Spiegel, que revela a história, a mulher terá também apresentado falsas alegações sobre pessoas que nunca existiram ao Centro Mundial para a Memória do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém. Segundo escreve a publicação, Marie Sophie Hingst terá escrito histórias de 22 pessoas inexistentes.
Nas suas histórias, a blogger de 31 anos escreveu sobre a alegada família Hingst, dando detalhes sobre o sofrimento que enfrentaram nas mãos dos nazis e como foram mortos em campos de concentração.
Segundo a revista alemã, as histórias de Marie Sophie Hingst foram desmentidas depois de alguns arquivistas alemães terem lido o seu blogue. Os investigadores concluíram que a blogger falsificou documentos para fazer com que as pessoas acreditasse que estava relacionada com vítimas de campos de concentração.
Na verdade, escreve a revista alemã, a mulher nem sequer tem ascendência judaica. Alguns dos familiares que eram mencionados na sua página nunca existiram. Os que existiram, viram o seu nome ser alterado e não foram vítimas do Holocausto.
Documentos dos arquivos da cidade de Stralsund terão mostrado que apenas três das 22 pessoas mencionadas pela historiadora realmente existiram. Contudo, nenhum era judeu nem tinha sido morto durante o Holocausto.
Depois das revelações da Der Spiegel, a blogger perdeu o Golden Blogger, prémio que recebeu em 2017. Em declarações ao University Times, a mulher negou “firmemente” todas as acusações. “Nunca falsifiquei nada”, reforçou.