Funcionários da Walmart, a maior rede de retalho dos Estados Unidos, decidiram entrar em greve durante a liquidação da Black Friday.
Os trabalhadores da empresa prometeram cruzar os braços e realizar até 1,6 mil protestos pelo país esta sexta-feira. Nas suas reivindicações estão aumentos salariais e melhores condições de trabalho.
A funcionária Bárbara Gertz, que trabalha como repositora de stocks durante o turno da noite, afirmou à BBC que com seu salário é até difícil suportar os custos das suas refeições.
“Há funcionários a morar nos carros, parados em estacionamentos, porque não têm dinheiro para arrendar uma casa. Isto começa a tornar-se comum”, afirmou.
Este é o terceiro ano em que os funcionários da rede realizam atos para reivindicar melhores condições.
A Walmart afirmou em comunicado que os sindicatos não representam o total dos seus funcionários – 1,3 milhões – e acusou os líderes sindicais de usar estes dados em seu benefício para reivindicar pontos na sua agenda.
“A Walmart está focada em continuar a permitir aos seus associados oportunidades sem fim”, disse a nota.
Casos de polícia
O dia em que o comércio oferece grandes descontos surgiu nos Estados Unidos e tradicionalmente acontece depois do feriado de Ação de Graças.
A data, adoptada por lojas de outros países, tem sido a razão de grandes filas e tumultos.
Na Grã-Bretanha, a polícia foi chamada para intervir em, pelo menos 12 lojas e supermercados entre a madrugada e a manhã desta sexta-feira.
Grande parte dos tumultos aconteceram na cidade de Manchester, onde duas pessoas foram presas. Em, pelo menos cinco lojas da rede de supermercados Tesco – que ofereceu descontos até 70% – foram palco de tumultos e empurrões, e precisaram de ajuda policial.
“Pelo menos duas pessoas foram presas no #BlackFriday esta manhã. Acalmem-se”, twitou a polícia de Londres esta manhã.
Uma das lojas teve que ser fechada para que a multidão dispersasse.
Houve igualmente incidentes no País de Gales e nas cidades escocesas de Glasgow e Dundee.
ZAP / BBC