A startup portuguesa Bhout criou o primeiro saco de boxe inteligente do mundo que vai marcar presença na área VIP do combate entre o veterano Mike Tyson e o ex-youtuber Jake Paul.
Após vencer vários prémios como produto inovador e ter atraído a atenção de investidores e clientes, o saco de boxe inteligente da Bhout tem uma oportunidade de ouro para conquistar o mundo.
O produto que nasceu numa garagem da margem sul do Tejo, como conta à SIC Notícias o CEO da Bhout, Mauro Frota, vai marcar presença na área VIP do combate de boxe entre Mike Tyson e o ex-youtuber Jake Paul.
Tyson, uma lenda do boxe de 58 anos, vai voltar aos ringues para defrontar o ex-youtuber num evento que está a despertar grande atenção mediática.
O combate vai ser transmitido ao vivo pela Netflix, prevendo-se que venha a ter uma audiência mundial de 500 milhões de espectadores. Será também um palco enorme para aquele que é o primeiro saco inteligente do mundo.
Saco inteligente da Bhout custa 2300 euros
O saco da Bhout já é utilizado por grandes figuras mundiais dos desportos de combate.
O conceito foi influenciado pelas experiências dos videojogos e do fitness, incluindo uma espécie de consola de jogos que combina sensores com visão computorizada, inteligência artificial e aprendizagem automatizada.
Para já, o produto pode não ser muito apelativo para os consumidores finais porque tem um custo da ordem dos 2.300 euros.
Uma “billion dollar company”
Mas o negócio da Bhout envolve também clubes para a prática de desportos de combate. A empresa está “em negociações avançadas para abrir mais de 500 clubes em todo o mundo“, como apurou a SIC Notícias.
“Não é demasiado ousado afirmar que nos vamos tornar numa billion dollar company“, salienta Mauro Frota ao canal de televisão.
“Só nos Estados Unidos, estúdios de fitness misturados com desportos de combate já valem 10 mil milhões de euros por ano“, analisa Mauro Frota, prevendo um futuro glorioso para a sua empresa.
“Não é demasiado ousado afirmar que nos próximos cinco a dez anos vamos conquistar 10 por cento desse mercado, o que significa um valor na casa dos mil milhões de dólares”, conclui.
Em 2023, a Bhout foi considerada pela revista Time uma das melhores inovações do ano e conseguiu captar 10 milhões de euros em investimentos, um valor assinalável para a realidade portuguesa.
Como a Duolingo e a Waze
O CEO da Bhout destaca a alta capacidade de retenção dos clientes, mesmo daquelas pessoas que não gostam de fazer exercício, como um dos grandes trunfos da marca portuguesa.
“A nossa sessão tem 45 minutos, é de alta intensidade, e quem a faz pensa que está só a fazer 15 ou 20 minutos. Isso faz com que os clientes voltem e criem este hábito”, destaca.
“Somos para o fitness o que a Duolingo é para quem quer aprender uma língua, ou o que a Waze fez com o GPS”, acrescenta Mauro Frota na SIC Notícias, realçando que estas marcas “trouxeram elementos do mundo do gaming, tornando-se líderes na sua indústria”.