“Quanto queres em bifes?” Códigos e dinheiro em saco de talho no caso que implica Pinto Moreira

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Manuel de Almeida / Lusa

O deputado do PSD Joaquim Pinto Moreira

Os alegados subornos a Joaquim Pinto Moreira, deputado do PSD, e Miguel Reis, do PS, ambos ex-autarcas de Espinho, terão sido pagos em cafés e, num dos casos, dentro de “um saco dos talhos Pessegueiro”.

A informação é avançada pelo Correio da Manhã (CM) que revela também alguns dos alegados códigos usados, nas conversas interceptadas pela justiça, entre os empresários Paulo Malafaia e Francisco Pessegueiro para falarem do dinheiro que terá sido entregue a Pinto Moreira e a Miguel Reis.

Em causa estão valores alegadamente recebidos pelos dois ex-presidentes da Câmara de Espinho, enquanto estiveram na autarquia, para beneficiarem obras urbanísticas na cidade do distrito de Aveiro.

“Quanto queres em bifes?”; “50 quilos” ou “100 em bifes” seriam alguns desses códigos para esconder o facto de se estar a falar de dinheiro.

Pinto Moreira que foi acusado de crimes de corrupção passiva agravada, de tráfico de influências e de violação das regras urbanísticas, terá recebido subornos de 50 mil euros num café em São Félix da Marinha, em Vila Nova de Gaia, para beneficiar projectos imobiliários de Pessegueiro.

Foi Pessegueiro que fez a entrega em mãos após a venda do imóvel para onde estava projectado o empreendimento Urban 32″, destaca o CM que teve acesso ao processo.

Também Miguel Reis que está acusado de crimes de corrupção passiva e de prevaricação, terá recebido alegados subornos de 60 mil euros num café. Neste caso, o valor terá sido pago dentro de “um saco dos talhos Pessegueiro”, avança ainda o CM.

Além de Pinto Moreira e Miguel Reis, o processo tem mais 11 arguidos. Miguel Reis e Francisco Pessegueiro estão em prisão domiciliária.

ZAP //

3 Comments

  1. Não é só este que é suspeito, e os outros presidentes, ou Ex Presidentes, estão todos inocentes, ninguém está preso.

  2. Felizmente todos os dias há um novo ator neste Hollywood à beira mar plantado impossível de qualquer cérebro humano conseguir reter.
    No fim não é a Alemanha que ganha, somos nós que pagamos

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