O Presidente dos Estados Unidos recebeu, esta segunda-feira, a dose de reforço da vacina contra a covid-19, em direto na televisão, para encorajar os norte-americanos elegíveis a fazerem o mesmo.
Os Estados Unidos autorizaram, na semana passada, a inoculação com uma dose de reforço da vacina Pfizer contra o coronavírus para pessoas com idade a partir dos 65 anos, bem como para aquelas “em risco”, inclusive devido a um trabalho que as expõe particularmente ao vírus.
“Sei que ninguém diria, mas tenho mais de 65 anos”, brincou Joe Biden, de 78 anos, numa breve declaração antes de levar a injeção.
Ainda como Presidente eleito, antes de tomar posse, o democrata levou as duas primeiras doses da vacina a 21 de dezembro de 2020 e a 11 de janeiro deste ano, também transmitidas em direto pela televisão para encorajar a população a vacinar-se.
“Os reforços são importantes, mas a coisa mais importante que podemos fazer é vacinar mais pessoas”, declarou o chefe de Estado, notando que cerca de 23% das pessoas que vivem no país ainda não receberam nenhuma dose.
Enquanto recebia a dose de reforço, Biden rejeitou as críticas de que os EUA deveriam estar a distribuir as vacinas disponíveis pelos países que ainda têm pouca população vacinada.
“Estamos a ajudar. Estamos a fazer mais do que todas as outras nações do mundo juntas”, respondeu, citado pela agência Reuters.
O Presidente norte-americano revelou ainda que a primeira-dama, Jill Biden, também irá receber uma dose de reforço da vacina anti-covid-19.
Biden vai deslocar-se na quarta-feira a Chicago “para dizer por que é tão importante que mais empresas imponham a vacinação obrigatória“, explicou.
Esse tipo de obrigação, que não foi imposta ao nível federal nos Estados Unidos, é visto como um importante instrumento para aumentar o número de pessoas imunizadas.
Cerca de 60 milhões de norte-americanos são agora elegíveis para levar uma terceira dose da vacina da Pfizer, seis meses após terem sido inoculados com a segunda dose, disse Biden na sexta-feira, no final de uma maratona legislativa que expôs as divisões da comunidade científica sobre a questão.
As autoridades de saúde norte-americanas recomendaram, por fim, a dose de reforço para três segmentos da população: as pessoas com 65 anos ou mais, as pessoas com idade entre 18 e 64 que apresentem fatores de risco de desenvolver uma forma grave da doença (diabetes, obesidade, entre outras doenças) e as pessoas que estão muito expostas ao coronavírus no âmbito do seu trabalho ou do local de residência.
Esta última categoria, muito abrangente, inclui nomeadamente os professores, os funcionários de supermercados, as pessoas que trabalham na área da saúde, os residentes em lares de terceira idade e ainda os prisioneiros e as pessoas acolhidas em albergues para sem-abrigo.
No total, 20 milhões de pessoas receberam a segunda dose da vacina há tempo suficiente para poderem a partir de agora levar a terceira, afirmou Joe Biden, prevendo que todos os cidadãos norte-americanos poderão provavelmente, entretanto, receber a dose de reforço.
ZAP // Lusa