A Pi-Pop utiliza um supercondensador para armazenar energia. A questão do lítio deixa de ser uma questão neste caso.
A bicicleta eléctrica passou a ganhar muitos adeptos, em diversos países, ao longo dos últimos anos.
Por ser eléctrica, levanta questões, sobretudo relacionadas com o uso do lítio, necessário para a bateria da bicicleta.
O lítio é um dos recursos naturais que obrigam a processos de extracção extensivos, com impacto ambiental em muitos casos.
E se surgisse uma bicicleta eléctrica sem bateria?
Já existe. Foi criada por Adrien Lelièvre, o empresário francês responsável pela Pi-Pop.
A Pi-Pop é uma bicicleta eléctrica que usa um supercondensador – ou supercondensador – para armazenar energia. Não precisa de bateria.
Sempre que é necessário, um supercondensador armazena e liberta energia muito rapidamente.
Acumula energia quando a pessoa pedala, acumula energia quando a pessoa trava; depois, essa energia acumulada é utilizada em subidas ou no arranque, sobretudo.
“O sistema é carregado quando a condução é fácil e quando a bicicleta trava – graças ao travão motor – a energia é devolvida quando é necessária”, explicou o empresário, no canal Euronews.
Um supercondensador (criado há quase 50 anos e usado em painéis solares, câmaras digitais ou mesmo em veículos eléctricos) armazena energia de forma eletrostáctica, através de uma carga de movimento lento; a bateria de lítio faz o mesmo utilizando uma reacção química.
Não é preciso esperar que a bicicleta fique carregada.
Um supercapacitador tem uma vida útil que vai dos 10 aos 15 anos – mais do que os 5 ou 6 anos de uma bateria de lítio.
Não há lítio nesta bicicleta. Os supercondensadores são feitos de carbono, polímero condutor, folhas de alumínio e pasta de papel – tudo é reciclável.
O empresário inovador acredita que a bicicleta é adequada para 80% das cidades europeias porque consegue suportar um aumento de altitude de 50 metros, se for carregada antes numa planície.
Acho que o nome correto a dar é supercondensador. Capacitor é inglês.
Caro leitor,
Obrigado pelo reparo, está corrigido.
A bicicleta e outras formas de micromobilidade serão sem dúvida o futuro da mobilidade urbana.
Concordo mas …
é necessário que o preço seja acessível, que a autonomia seja suficiente e que a velocidade não esteja limitada a 25 Km/h