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Se Betelgeuse não explodir em breve, “eu própria faço-a explodir”

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Graphics Department / MPIA

Os astrónomos estão impacientemente à espera que a Betelgeuse nos surpreenda com a sua tão aguardada explosão. “Se não explodir em breve, eu própria faço-a explodir.”

Os cientistas prevêem que Betelgeuse, uma das estrelas mais icónicas da Via Láctea, se transforme numa supernova em breve. O acontecimento, há muito aguardado pela comunidade científica, chegou ao Twitter – e, claro, com humor à mistura.

Segundo o Futurism, a explosão da supergigante vermelha pode acontecer dentro de 100.000 anos. Apesar de ser um período de tempo muito extenso para nós, é um mero piscar de olhos em termos cósmicos.

Ansiosos com o grande momento, os cientistas escolheram o Twitter para fazerem piadas sobre a situação e afastar, assim, alguma ansiedade.

“É bom que Betelgeuse expluda em breve”, brincou Sanjana Curtis, astrofísica da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos. “Ou eu própria faço-a explodir.”


Já Daria Pidhorodetska, cientista planetária da NASA, atualizou o seu estado na rede social: “A verificar a conta da Betelgeuse num bar lotado.”


A investigadora referia-se à Betelgeuse Status, uma conta de Twitter atualizada diariamente para informar os seus seguidores acerca do estado da estrela.

A morte iminente de Betelgeuse é um tema de tal forma popular no meio científico do Twitter que fizeram ressurgir uma banda desenhada do XKCD de 2016 sobre o assunto. E uma breve pesquisa no site da banda desenhada revelou que está longe de ser a única sobre a gigante vermelha.


Aqueles que aguardam ansiosamente a morte da estrela fazem parte da classe dominante do Twitter em termos de Astronomia, mas há algumas exceções. É o caso de Eilat Glikman, física do Middlebury College, que não quer que a estrela altere.

Sou uma má astrónoma por não querer que a Betelgeuse expluda, uma vez que Orion é a minha constelação favorita devido à sua simetria e beleza deslumbrantes?”, questionou.

Recentemente, ao analisarem dados do Telescópio Espacial Hubble da NASA e de vários outros observatórios, os astrónomos descobriram que a brilhante estrela explodiu o seu topo em 2019.

Betelgeuse perdeu uma parte substancial da sua superfície visível e produziu uma gigantesca Ejeção de Massa Superficial (EMS), algo nunca antes visto no comportamento normal de uma estrela.

Apesar de o Sol ter ejeções de massa coronal que expelem pequenos pedaços da atmosfera exterior, os astrónomos nunca testemunharam uma quantidade tão grande da superfície visível de uma estrela a ser disparada para o Espaço.

Isto significa que Betelgeuse é agora tão grande que, se substituíssemos o Sol no centro do nosso Sistema Solar, a sua superfície exterior estender-se-ia para além da órbita de Júpiter.

O que não sabemos é se a explosão total da supergigante vermelha está iminente. No entanto, talvez não seja uma má ideia mantermo-nos atualizados sobre o assunto… e, para isso, contamos não só com artigos científicos, como também com o Twitter.

Liliana Malainho, ZAP //

2 Comments

  1. “…prevêem que Betelgeuse, uma das estrelas mais icónicas da Terra…”, da Terra ou da Via Láctea? Que se saiba o nosso planeta só tem uma estrela e é o Sol.

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