Ex-funcionários relatam um ambiente de trabalho tóxico e instâncias de assédio sexual e intimidação. O diretor do Museu nega as acusações.
Vários ex-funcionários do Museu Soares dos Reis estão a acusar as chefias da instituição de assédio sexual e de criarem um ambiente de trabalho tóxico.
De acordo com um antigo vigilante do museu, os trabalhadores são “tratados com berros” e quem não compactua “vai parar à lista negra“.
“João” (nome fictício) conta ao Expresso que trabalhou no museu menos de um mês porque “começou a questionar e passou a ser incómodo”. O ex-trabalhador afirma que há “episódios constantes de repressão e coação” e dá o exemplo de quando o diretor terá pedido aos “seguranças que recolhessem imagens de um colega para o coagir”.
O assédio sexual também será recorrente. João recorda o caso de uma colega mais nova que saiu do museu no início de Maio. “Praticamente todos os dias era intimidada, com comentários relativamente à forma como se vestia. Por ser uma rapariga atraente, era vítima de assédio por funcionários mais velhos, com cerca de 60 anos”, relata.
As queixas já chegaram ao Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte e a situação ter-se-á agravado desde a tomada de posse de António Ponte como diretor do museu, aponta a dirigente sindical Lurdes Ribeiro.
António Ponte nega as acusações, que diz serem “completamente infundadas” e garante não conhecer “qualquer denúncia acerca do ambiente de trabalho”. Sobre os comentários sobre a roupa da funcionária, o diretor diz que desconhece o caso e estranha a situação, já que os trabalhadores passaram a ter uma farda que “garante uma apresentação indiscriminada e igualitária” desde a reabertura do museu.
“Nunca mandei filmar ou fotografar qualquer funcionário. O Museu Nacional Soares dos Reis tem instaladas, por questões de segurança, câmaras de vigilância, mas essas imagens são unicamente utilizadas para este fim”, frisa.
O diretor também rejeita a ideia de que as saídas constantes dos funcionários são motivadas por um mau ambiente de trabalho e afirma que durante o ano passado e até à data, saíram cinco funcionários por mobilidade, um cenário comum na função pública.
É preciso obrigar os Funcionários Públicos desde o topo até à base a declarar se pertencem à maçonaria ou a outras sociedades secretas, e depois de identificados, terão de cessar o seu vínculo laboral com o Estado.
É essencial que se façam testes psico-ténicos para seleccionar os trabalhadores da Função Pública (FP) e saber se têm perfil para serem Funcionários do Estado e identificar a especialidade para a qual têm capacidade; não é com testes de perguntas e respostas ou de escolha múltipla relacionados com as Leis /função, ou o 12º ano, licenciatura, mestrado, ou doutoramento, que se sabe se o candidato tem perfil ou não para ser Funcionário Público.
É igualmente urgente introduzir os despedimentos na Função Pública (FP) e fazer um levantamento das relações de grau de parentesco entre todos os Funcionário Públicos.
Faltou referir que os sindicatos e a actividade sindical na Função Pública (FP), têm de ser proibidos.
Somente duas perguntas, e porquê que os sindicatos tem que sair da Função Pública. Alguém esconde alguma coisa?