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A vida de Benji Gregory, o miúdo de “Alf”, dava um filme dramático (e a sua morte também)

https://youtu.be/89k0W_APg4Q

O miúdo da série de comédia “Alf, uma coisa do outro mundo” que fez sucesso nos anos de 1980, morreu. Benji Gregory tinha 46 anos e morreu tal como viveu grande parte da vida adulta – de forma dramática.

Quem viveu os anos de 1980, recordar-se-á da série de comédia “Alf, uma coisa do outro mundo” que foi transmitida em mais de 50 países, incluindo Portugal, entre 1986 e 1990.

“Alf” era um extraterrestre que caiu na garagem da família Tanner, passando a viver com eles. O miúdo da família, Brian Tanner, era o seu especial companheiro.

O actor Benji Gregory que fazia de Brian Tanner tinha, então, 8 anos de idade. Morreu no passado dia 13 de Junho, com 46 anos, em circunstâncias trágicas e ainda não totalmente esclarecidas.

Gregory foi encontrado morto dentro do seu carro no estacionamento de um banco em Peoria, no Arizona. Ao seu lado estava o cão Hans, de quem era inseparável, também morto.

Ainda não se sabe oficialmente qual foi a causa da morte, mas acredita-se que pode ter falecido devido a um golpe de calor numa altura em que o Arizona foi atingido por temperaturas muito elevadas. Mas também se admite que pode ter sofrido um ataque cardíaco dentro do carro.

Sofreu bullying devido à fama com “Alf”

Lidar com a fama precoce aos 8 anos de idade foi difícil para Gregory, tal como para muitas outras crianças vedetas. O actor contou há alguns anos, em entrevistas, que sofreu bullying e um esgotamento psicológico devido à participação na série “Alf”.

“Depois de Alf, cansei-me, já não queria continuar a actuar”, revelou Gregory, confessando que o fim da série “foi um alívio”.

A vida de actor não é fácil, nem mesmo para uma criança que está sujeita a trabalhar longas horas nas filmagens. “Tinha que me levantar às 5 da manhã e chegava à casa às 8, 9 da noite”, relatou Gregory sobre o tempo em que fez “Alf”, salientando que no fim das gravações, ficava “muito cansado”.

“Os miúdos da minha idade tinham inveja de mim e acabavam por fazer-me bullying, às vezes até me batiam“, revelou também.

Gregory acabou por se retirar dos ecrãs e chegou a estudar na Academia de Arte da Universidade de S. Francisco. Foi ainda assistente de aerografia, uma técnica de pintura e ilustração, e depois, alistou-se na Marinha dos EUA, de onde teve que sair devido a problemas de saúde.

Transtornos mentais e drogas

Apesar da vida financeira confortável graças ao que ganhou com “Alf” e aos investimentos que fez na bolsa com esse dinheiro, como também revelou, Gregory enfrentou vários problemas mentais ao longo dos anos, abusando também das drogas.

A irmã revelou aos media norte-americanos que o antigo actor lutava contra a depressão, que sofria de um transtorno bipolar e de um transtorno do sono que o impedia de dormir durante dias seguidos.

No Instagram, Gregory mostrava aos seus seguidores como as drogas eram uma espécie de consolo para enfrentar os seus diversos problemas, citando o consumo de medicamentos, opiáceos e até “infusões de ketamina“.

“Que viagem tão maravilhosa”, escrevia a propósito do consumo de drogas, revelando-se ainda “muito agradecido” por esta ou aquela “maravilhosa droga”.

“Devolveu alguma estabilidade à minha vida” e “Salvou-me há 12 anos” foram outros desabafos de Gregory sobre as drogas.

A par disso, publicava também imagens do seu cão Hans que, muitos anos depois de Alf, se tornou no seu fiel companheiro. Acabaram por morrer juntos.

Susana Valente, ZAP //

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