Um golo do brasileiro Jonas, já nos descontos, valeu hoje ao Benfica uma ‘enorme’ vitória por 1-0 na receção ao Zenit, em encontro da primeira dos oitavos de final da Liga dos Campeões.
Com o fim à vista, e quando o ‘ nulo’ parecia impossível de desfazer, o melhor marcador da I Liga respondeu com um cabeceamento certeiro a um livre marcado pelo ‘capitão’ Gaitán, dando vantagem na eliminatória aos ‘encarnados’.
Depois do desaire de sexta-feira com o FC Porto (1-2, para a I Liga), foi notória alguma falta de confiança da equipa, mas o conjunto de Rui Vitória, muito bem defensivamente, soube ser paciente, raramente se expôs e, no final, foi feliz.
Em termos individuais, destaque para a frieza do sueco Lindelöf no centro da defesa, mostrando-se ‘imperial’ face ao ‘gigante’ Dzyuba, e o bom jogo de André Almeida, num conjunto que voltou a não ter Gaitán e Pizzi ao seu melhor nível.
A vantagem está longe de ser decisiva, mas um triunfo sem golos sofridos é sempre um resultado muito positivo, sendo que, a 9 de março, o Zenit já estará mais rodado, uma vez que o campeonato russo está parado há dois meses.
Em São Petersburgo, o Benfica não terá André Almeida e Jardel e o Zenit jogará sem Javi Garcia e Criscito, que já ficaria de fora com o amarelo, mas acabou expulso, aos 90 minutos, na jogada que originou o golo.
Apesar do desaire de sexta-feira, Rui Vitória manteve o ‘onze’, com André Almeida, Lindelöf, Jardel e Eliseu, à frente de Júlio César, um meio-campo com Samaris, Renato Sanches, Pizzi e Gaitán e um ataque com Jonas nas costas de Mitroglou.
Por seu lado, o conjunto de André Villas-Boas, a cumprir o primeiro jogo oficial desde 9 de dezembro, apostou num ‘4-5-1’, com três ex-benfiquistas (Garay, Javi Garcia e Witsel), o ex-portista Hulk e o internacional luso Danny.
O encontro começou com ritmo lento, com as duas equipas pouco interessadas em arriscar, e, até aos 15 minutos, os dois únicos momentos de alguma emoção aconteceram em outras tantas arrancadas de Danny, anuladas por Júlio César e Lindelöf.
A formação de Rui Vitória tinha mais tempo a bola, mas só criou perigo pela primeira vez aos 19 minutos, quando Samaris descobriu e isolou André Almeida, que, sobre a direita, cruzou para um remate falhado de Pizzi.
Dez minutos volvidos, foi a vez de Jonas assustar Lodygin, com um remate que saiu a rasar o poste esquerdo, e, até ao intervalo, Gaitán não soube dar sequência a grande arrancada de Lindelöf e Pizzi centrou mal, desmarcado pelo brasileiro.
Por seu lado, o Zenit só replicou num livre de Hulk, que custou o amarelo a Jardel, desta forma afastado pelo italiano Ginaluca Rocchi do jogo da segunda mão, como já tinha sido André Almeida, quando foi admoestado aos 16.
A formação ‘encarnada’ pareceu vir mais determinada para a segunda parte, mas foi o Zenit o primeiro a criar perigo, em remates consecutivos de Witsel, um defendido com dificuldades por Júlio César.
Na resposta, aos 56 minutos, Pizzi isolou Mitroglou, que ganhou a Garay e serviu Gaitán, mas este rematou muito torto, de pé direito.
A primeira aposta de Rui Vitória foi em Jiménez, que substituiu Mitroglou e esteve na origem da primeira grande ocasião do jogo, aos 69 minutos: centrou da esquerda, Jonas amorteceu de cabeça, Gaitán recebeu e conseguiu isolar-se, mas Lodygin deteve o remate.
Cada vez mais por cima, face a um Zenit aparentemente a acusar falta de ritmo, o Benfica voltou a estar perto de marcar aos 72 minutos, após combinação entre os dois centrais, com Lindelöf a servir e Jardel a desviar, mas para fora.
A formação ‘encarnada’ continuou a comandar o jogo, mas só voltou a ter uma ocasião para marcar já nos descontos, aos 90+1 minutos, e chegou ao golo.
Gaitán colocou a bola na área, num livre que custou o segundo amarelo a Criscito, e Jonas marcou de cabeça o seu segundo golo na prova.
Com mais um, o Benfica ainda tentou o segundo, mas, na melhor ocasião, aos 90+4 minutos, Lodygin parou o remate de Samaris e o encontro terminou pouco depois, com a Luz em festa.