O aperto financeiro do Benfica sufoca cada vez mais as contas do clube e deverá travar o ataque ao próximo mercado de transferências, avança o Correio da Manhã esta segunda-feira.
Sob a presidência de Rui Costa, a dívida líquida do clube disparou: atingiu os 201,8 milhões de euros em 2023/24, mais do dobro dos 100,9 milhões registados quando assumiu o cargo em 2021.
O aumento deve-se a uma maior dependência de crédito, particularmente bancário, para financiar as operações do clube e reforçar o plantel — e o défice nas contas relacionadas com as transferências de jogadores tem sido uma das principais causas deste cenário.
Em junho de 2023, o Benfica devia 173,7 milhões de euros a outros clubes e empresários, mas só tinha a receber 109,2 milhões pelas vendas realizadas. O ‘buraco’ 64,5 milhões de euros contribuiu para a necessidade de contrair mais empréstimos, fazendo uma ‘bola de neve’ da situação financeira.
Essa bola de neve pode mesmo impedir os encarnados de reforçar posições necessitadas no plantel no próximo mercado de inverno, avança o matutino.
Apesar de ter registado um saldo positivo no mercado de transferências de verão de 86 milhões de euros, esse valor não foi suficiente para equilibrar as contas, uma vez que boa parte do montante será paga a prestações.
Para colmatar a diferença, o clube tem recorrido a mais crédito, e a despesa com juros já ultrapassa os 59 mil euros diários: 21,8 milhões de euros até ao final da época passada, um aumento de 5,2 milhões em comparação com o ano anterior, segundo o CM.
Além disso, o Benfica terminou a época de 2023/24 com um prejuízo de 31,3 milhões de euros, sendo que mais de metade desse valor foi causado pelo défice financeiro de 16 milhões de euros.