Benfica perdeu em casa contra o Gil Vicente e o presidente apareceu na sala de imprensa depois do jogo: “Que ninguém se esconda”.
O Benfica voltou a perder na I Liga de futebol. Desta vez em casa, diante do sensacional Gil Vicente, por 1-2. Samuel Lino e Giorgi Aburjania marcaram os golos da turma minhota, enquanto Gonçalo Ramos reduziu mesmo a fechar a partida.
Depois do jogo, além da habitual conversa com o treinador do Benfica, Nélson Veríssimo, os jornalistas contaram com a presença do presidente do Benfica.
Rui Costa disse que é responsável pelo “mau momento da equipa e do clube”, reconhecendo que ninguém queria passar por esta situação e exigindo “que ninguém se esconda a isto: os profissionais dentro e fora do campo. Dou a cara, mas é uma exigência que eu faço”, avisou.
O líder do clube da Luz repetiu que sabe qual é o melhor caminho para o Benfica mas lembrou que só passaram quatro meses desde que foi eleito presidente. E é preciso “mudar mentalidades”.
Após esta introdução, chegou o assunto que terá sido a origem para esta aparição na sala de imprensa: os árbitros.
Nesta derrota com o Gil Vicente, o árbitro Artur Soares Dias “tremeu” em alguns momentos e houve uma jogada que originou muitos protestos caseiros: logo aos sete minutos Otamendi marcou mas foi assinada falta de Vertonghen antes de a bola entrar. O árbitro poderia ter deixado a jogada seguir, para depois o vídeo-árbitro analisar o lance. E ficaram dúvidas, mesmo nas repetições.
Rui Costa não gostou e lembrou outros casos: “Basta recordar o que aconteceu no Estoril, quando empatámos no último segundo; o que se passou aqui com o Moreirense; o primeiro golo que sofremos no Dragão contra o FC Porto; até ao golo de hoje, que nem foi ao VAR. Com o mesmo critério, e bem pior, não se assinala o penálti do Otamendi, e já se viram tantos assim no futebol português”.
“Chegou a hora de dizer basta“, exclamou o presidente do Benfica, não se afastando da ideia de que os jogadores têm de fazer “muito melhor lá dentro, mas outra coisa é o que nos estão a fazer dentro do campo. E aqui sei separar bem as águas, até porque estive lá dentro muitos anos”, continuou.
“Até ao dia de hoje, tentei manter uma postura positiva para o futebol português, até em meu prejuízo, uma vez que os nossos adeptos se sentem prejudicados e até hoje não me ouviram falar sobre arbitragem. Tentei manter isso e ser correcto. Não quero que nos beneficiem, mas são casos a mais para continuar calado“, justificou.
O antigo médio até acabou por pedir desculpa aos adeptos do Benfica por ter estado calado sobre as arbitragens, até agora.
