Uma equipa de cientistas desenvolveu um dispositivo flexível capaz de oferecer até 10 vezes a densidade de energia das soluções atuais de baterias de iões de lítio.
As baterias de zinco têm sido apontadas como fortes rivais das baterias de lítio. Agora, uma equipa de cientistas apresentou um novo protótipo, composto por óxidos de prata e zinco, com uma densidade de energia por área de 5 a 10 vezes superior do que todas as suas antecessoras.
A bateria, que é recarregável e flexível, pode ser usada em dispositivos eletrónicos flexíveis. “As nossas baterias podem ser projetadas em torno da eletrónica, em vez de a eletrónica precisar de ser projetada em torno das baterias”, explicou Lu Yin, da Universidade da Califórnia, em San Diego.
De acordo com o New Atlas, a capacidade por área da bateria é de 50 miliamperes por centímetro quadrado à temperatura ambiente, ou seja, 10 a 20 vezes mais do que a mesma capacidade de uma bateria de iões de lítio.
Esta capacidade pode traduzir-se em 5 a 10 vezes mais energia para duas baterias com a mesma área de superfície.
A nova bateria tem maior capacidade do que qualquer uma das baterias flexíveis atualmente disponíveis no mercado graças à sua impedância inferior, isto é, a resistência à passagem da corrente.
“À medida que o mercado de 5G e Internet das Coisas (IoT) cresce rapidamente, esta bateria que supera os produtos comerciais em dispositivos sem fio de alta corrente pode tornar-se uma das principais candidatas como fonte de energia de próxima geração para dispositivos eletrónicos de consumo”, disse o investigador Jonathan Scharf.
Apesar de ganhar pontos devido à fabricação acessível e escalonável, a bateria tem ainda alguns entraves. É o caso de os protótipos construídos pela equipa resistirem a apenas 80 ciclos de carga e recarga, uma vez que dificilmente uma bateria chega ao mercado com uma vida útil abaixo dos 1.000 ciclos.