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Bastonária da Ordem dos Enfermeiros recebeu inspetores “aos gritos” e com “cão preto sem trela”

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Tiago Petinga / Lusa

Ana Rita Cavaco, Bastonária da Ordem dos Enfermeiros

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) garantiu que os seus inspetores não entraram nas instalações da Ordem dos Enfermeiros (OE) “sem mandato”.

O organismo, que contou a sua versão do que se passou esta segunda-feira nas instalações da OE, onde uma equipa acompanhada pela PSP prosseguiu diligências de instrução no âmbito da sindicância ordenada pela ministra da Saúde, num comunicado enviado à Lusa, afirmou também que não foi retida “ilegalmente uma funcionária”.

“A fim de repor a verdade”, a IGAS esclarece que, “cerca das 12h20, os inspetores sindicantes estavam a tomar declarações a uma trabalhadora da Ordem dos Enfermeiros, no seu próprio gabinete de trabalho”, diligência que estava a ser “desenvolvida dentro da normalidade e com uma postura colaborante e tranquila por parte da trabalhadora”, quando a bastonária da OE, Ana Rita Cavaco, entrou na sala “aos gritos”.

Segundo a IGAS, “a bastonária da OE, acompanhada por um cão preto sem trela, entrou nas instalações aos gritos ordenando à trabalhadora em causa que saísse da sala, impedindo-a de continuar a diligência”.

“Do mesmo passo, pontapeou a porta da sala e proferiu imputações e expressões injuriosas contra os inspetores ali presentes e puxou a trabalhadora para o exterior do gabinete, impedindo a prossecução da ação, o que ditou a elaboração do competente auto de notícia”, referiu o comunicado.

A IGAS reiterou que, nos termos da Lei, “os dirigentes dos serviços de inspeção e o pessoal de inspeção gozam do direito de acesso e livre-trânsito, pelo tempo e no horário necessários ao desempenho das suas funções, em todos os serviço e instalações das entidades públicas e privadas sujeitas ao exercício das suas atribuições, possuindo os dirigentes e trabalhadores das entidades inspecionadas o dever de prestar, no prazo fixado para o efeito, todos os esclarecimentos, pareceres, informações e colaboração que lhes sejam solicitados pelos serviços de inspeção”.

A sindicância à OE, determinada pela ministra da Saúde e levada a cabo pela IGAS, começou no final do passado mês de abril, com Ana Rita Cavaco a manifestar desde o início dúvidas sobre a sua legalidade.

A bastonária dos Enfermeiros tem argumentado que a inspeção se trata de uma perseguição e de uma vingança. No final de abril, Cavaco disse que a OE ia pedir o afastamento de todos os inspetores da IGAS envolvidos por falta de isenção.

No mesmo comunicado, a IGAS lembrou ainda que a sindicância consiste numa indagação às entidades quando existem sérios indícios de ilegalidades de atos de órgãos e serviços que, pelo seu volume e gravidade, não devam ser averiguados no âmbito de inquérito.

OE, afinal, não fez queixa formal na PSP

A Ordem dos Enfermeiros esclareceu que afinal não apresentou queixa formal na PSP contra elementos da Inspeção-geral das Atividades em Saúde (IGAS) por alegadamente terem entrado “sem mandado” nas instalações da Ordem e “retido ilegalmente uma funcionária”.

Em comunicado, a OE afirma que “ainda não foi formalmente apresentada queixa“, mas confirma que a bastonária, Ana Rita Cavaco, e o advogado que representa a instituição, Paulo Graça, foram à direção nacional da PSP contar o sucedido a um “representante do diretor nacional” daquela polícia.

Para a OE, esta situação pode “configurar um sequestro e trata-se de mais uma violação da legalidade neste processo de sindicância já repleto de atropelos à lei”. “Por volta das 11h15, três inspetores da IGAS, acompanhados por agentes da PSP, entraram nas instalações da OE e retiveram uma funcionária numa sala durante uma hora”, refere a OE num comunicado dava conta da apresentação de uma queixa à PSP.

Segundo a OE, os inspetores entraram nas instalações da ordem, deslocaram-se até à sala de trabalho da funcionária e obrigaram-na a permanecer para prestar declarações sobre o processo de sindicância em curso, sem qualquer tipo de notificação. “Esta situação é mais um claro indício da prepotência e abuso de poder por parte do Ministério da Saúde e da IGAS em relação ao trabalho da Ordem dos Enfermeiros”, sublinha o comunicado.

A Ordem dos Enfermeiros adianta que os inspetores foram também buscar documentação em papel, sem aviso prévio, quando tinham indicado que iriam necessitar de documentação em formato digital.

ZAP // Lusa

 

37 Comments

  1. Basta olhar para o focinho dela para se perceber que está ali um cão raivoso!!
    A “rainha” pensa que aquilo é tudo dela e que está acima de tudo e de todos!…
    Uma vergonha para os enfermeiros – profissão que esta coisa nem sabe bem o que é!

    • Voce leu a noticia? Não como sempre. A funcionária estava a ser retida contra vontade, sem os inspectores terem poderes para isso

      • e quem lhe diz que é verdade? será que o senhor acredita tudo o que essa sugeitinha diz é verdade? ou o senhor faz parte da clace que julga que pode gosar com o pouvo?

      • Que anjinho!…
        Andas tão atento a ler os comentários, que te “esqueceste” de ler esta parte da notícia:
        “Do mesmo passo, pontapeou a porta da sala e proferiu imputações e expressões injuriosas contra os inspetores ali presentes e puxou a trabalhadora para o exterior do gabinete, impedindo a prossecução da ação, o que ditou a elaboração do competente auto de notícia”
        E agora?!
        Em quem vou acreditar: na vigarista incendiária ou nos inspectores (que estavam com a PSP!) e que até elaboraram um auto de notícia de mais uma cena da bastonária louca?!
        Pois…

  2. Também eu tera vergonha de ter uma bastonária deste calibre a representar-me o que tem ela a esconder sabe-se lá quem não deve não teme.

  3. Afinal somos um País que uns podem fazer tudo (greves) e, outros tem que estar calados.
    Grande Geringonça… é u principio do fim.
    a ver vamos.

  4. Acho fantásticas estas observações, nada tendenciosas… estando a ordem dos enfermeiros num claro escrutínio de motivações políticas pouco próprias, os comentários remetem à atitude da pessoa que às questiona. Será que estes “bloggers” são imparciais ignorantes ou farão parte de uma máquina propangandista que está em curso nestes meios faz já algum tempo?!?
    Não nos atirem mais areia aos olhos, que nós já estamos fartos disso…

    • Completamente de acordo, esta é a bastonária que fazia falta à OE, luta por todos os enfermeiros e não se deixa amedrontar pelas atitudes pidescas duma ministra da saúde execrável!

  5. Volto a dizer que não gosto da Sra. Mas, qual a relevância disto?
    A Sra. não pode ter um cão? Qual o tamanho e raça do cão? Os senhores inspectores sentiram-se assim tão ameaçados?
    Isto apenas parece mais uma tentativa de virar a populaça contra a sra. que ousou denunciar uma série de coisas estranhas no sector.
    Note-se, todavia, que a serem verdade tais acusações, este parece ser mais um episódio e uma protagonista na longa tradição das nossas ordens profissionais, associações sem fins lucrativos, e organismos públicos…

  6. P.S.: onde está o SOS racismo. Afinal, dizer que a sra. vinha acompanhada de um cão preto pode configurar um crime de incitamento ao ódio. Parece que se o cão fosse branco já não havia problema…

  7. Basta ter esta atitude para se condenar. Quem não deve não teme.
    Faz lembrar a Directora da Rarissimas que também teve acessos de raiva e no fim foi presa.

  8. Esta mulher é mais macho que muitos dos meninos que aqui escrevem, está a ser apertada pela nova PIDE e não se verga, se o que estes inspectores estão a fazer fosse legal ela teria sido presa na hora.

    Vocês lambe botas do estado deveriam ter servido no tempo de Salazar que aí ninguém podía contestar o estado, hoje em dia apesar de não se poder fazer o que se fazia existe uma máquina que dá muito dinheiro a ganhar á comunicação social e que de maneira tendenciosa tenta denegrir a sua imagem.

    • ahahahahaah és tão cómica!
      Não tem de se vergar ou deixar de se vergar, só tem de ser inspeccionada para se perceber que trafulhices para lá fez, porque se não deve, não teme!
      Anda ali muito gato escondido com rabo de fora!!!
      Ah enão deixes que o clubismo politico te tolde as ideias, aprende a ter ideias próprias, já era hora!

  9. O problema é que tudo que é funcionário publico, foi sempre habituado a mamar na teta do estado
    e agora que está na hora do desmame, não é facil largar a teta….

  10. Se chama mamar na teta do estado ter uma licenciatura, a responsabilidade e o desgaste emocional que a profissão de enfermeiro exige e no final do mês receber cerca de 1000€. Eu acho que eles deviam todos largar a teta e voce quando precisar de ser tratado vai ao veterinário.

  11. Penso que esta ave rara já deveria ter sido posta na linha da decência, que tem ela a esconder? Fica mal para a nobre classe que representa.

  12. Esta cavaco e o outro, berardos,miras,socrates e todos os outros que sabemos E OS QUE AINDA NAO SABEBOS
    andam a mamar a minha custa e de milhares como eu. a trabalhar noites fins de semana a ganhar uma miseria para estes QUE NEI SEI COMO LHES HEI-DE CHAMAR anadarem a gozar com a mINH, nossa , cara.
    nao sou crentre MAS QUE A P*** DA TERRA LHES SEJA PESADA. e de preferencia que MORRAM amanhã, SE POSSIVEL HOJE

  13. tanta confusão só porque o cão era preto…
    só falta vir o mamado e o resto do BE acusar a sra de racismo
    foi só porque o preto não trazia trela

  14. De que raça era o cão?
    E o ser de cor preta tem alguma influência????
    Os chiuaua são pretos….. (não me consta que os haja de outra cor…) e há pastores alemães brancos….

    • Os piores são claramente os pinschers. Esses é que são mesmo maus. E também são pretos (embora haja também castanhos).

  15. O que me parece é que esta mulher não conhece o que é educação, respeito, humildade. Penso que é uma frustrada e queria ser médica! Enfim, grande parte dos enfermeiros mereciam um(a) representante com muito mais nível.

  16. Engraçada essa generalização (e outras):”é uma frustrada e queria ser médica”. Acham que todas as pessoas no mundo queriam ser médicas?! Só mesmo aqui em Portugal é que se tem esta percepção! Em último recurso, não faltam universidades privadas de Medicina Dentária ou então basta atravessar para o país vizinho para conseguir ter vaga… Enfim, é lamentável este tipo de comportamento e elitismo perante algumas classes. Não vejo de forma alguma reagirem assim às palavras patéticas proferidas, muitas vezes, pelo bastonário da ordem dos médicos, que até se preocupa com o tipo de tratamento diferenciado que se deve ter com o médico, porque “dr já é muito usado, equivale a uma licenciatura ou um mestrado” e o grau obtido por um médico é qual?!
    Também não simpatizo com a senhora em questão e de facto não considero o comportamento exemplar, mas devemos deixar-nos de extremismos, fundamentalismos e generalizações tendenciosas e fúteis.
    Não sou médica nem enfermeira, nem tenho nenhum enfermeiro na família 🙂

    • “Engraçada essa generalização (e outras)…”
      “Só mesmo aqui em Portugal é que se tem esta percepção!”
      Por falar em generalizações…

  17. Pelo tom sóbrio do comunicado do IGAS, percebe-se quem tem razão nesta história. A narrativa da senhora bastonária, difundida pela comunicação social, hostil ao governo e aos órgãos inspetivos, é claramente inverosímil. O mínimo que se pode dizer é que parece que a senhora bastonária aparentemente quer esconder qualquer coisa.

  18. “Engraçada essa generalização (e outras)…”
    “Só mesmo aqui em Portugal é que se tem esta percepção!”
    Por falar em generalizações…

    • Não concordo que seja uma generalização, de facto não se ouve no resto do mundo com a frequência que se ouve em Portugal frases como essa e com essa convicção. A profissão de enfermeiro é respeitada e nada associada a pessoas frustradas que queriam ser outra coisa…

      • Não?!
        Como é que se sabe o que se passa no resto do mundo relativamente a certas “bocas”?!
        O mundo não é só a nossa rua…
        Mas qual frequência/convicção?!
        Eu nunca ouvi ninguém a dizer isso a sério… pelo menos ninguém digno de crédito/atenção – mas também é verdade que não tenho facebook nem nada desses “circos”!…
        Todas as profissões são respeitadas e a de enfermeiro devia ser mais do que o que é – por isso é urgente correr com esta bastonária vigarista que, como enfermeira, tem meia-dúzia de horas; andou sempre na política e nos tachos!…
        Ela estava bem junta com o parasita incendiário da Liga dos Bombeiros, que cada vez que abre a boca, envergonha os bombeiros (e esse, com a agravante de nem sequer ter sido eleito pelos bombeiros)!!

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