E se os desordeiros fossem banidos das redes sociais? Há quem queira testar

Três municípios dos Países Baixos querem expulsar das redes os grupos de jovens que protagonizaram cenas de violência.

Tiroteio numa escola em Zoetermeer, ataque com faca num centro comercial em Delft, duplo homicídio em Haia.

Os actos graves de violência repetiram-se nos Países Baixos no ano passado e essas três autarquias que querem adoptar medidas invulgares.

Todos os crimes foram organizados e concretizados por grupos de jovens violentos, já identificados.

De acordo com os responsáveis dos municípios, 90 jovens da região estão envolvidos nestes actos de violência entre grupos rivais.

A estação televisiva Omroep West explica que, de acordo com agência de investigação local, esses grupos utilizam a internet para combinar os crimes.

É certo que, muito antes de haver redes sociais, já se repetiam os crimes protagonizados por grupos de jovens especialmente problemáticos.

Mas, para combater esta tendência, as autarquias Haia, Delft e Zoetermeer querem criar uma espécie de regra “proibido navegar na internet”.

Os responsáveis locais sabem como os grupos se organizam mas pouco conseguem fazer nesse aspecto, devido à falta de recursos online.

A ideia é proibir uma pessoa (temporariamente) de aceder a certas redes sociais ou sites. Também deverá ser possível uma proibição temporária de fazer declarações específicas na internet.

Mas não há qualquer lei sobre a proibição de navegar pela internet (não só nos Países Baixos).

Por isso, ainda não é claro que essas três autarquias possam avançar com essa regra local. É uma área por explorar.

Michel Bezuijen, presidente da Câmara Municipal de Zoetermeer, já tinha lamentado o facto de adolescentes tão novos terem armas: “Começou com facas, mas já passou para armas de fogo. Estamos a falar de crianças de 12 a 19 anos. Para mim, é realmente inaceitável que jovens dessa idade já tenham armas”.

ZAP //

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