Foi levantada a interdição a banhos nas praias do Algarve, entre a Ilha do Farol (Faro) e Vilamoura (Loulé), que foram afectadas por uma “maré vermelha” de microalgas. Mas a Agência Portuguesa do Ambiente continua a desaconselhar os mergulhos a crianças e “grupos vulneráveis”.
O director regional da APA, José Pacheco, constata, em declarações à agência Lusa, que já foi comunicado às autoridades marítimas e às Câmaras Municipais das localidades envolvidas para que se proceda “ao levantamento do desaconselhamento de banho nas praias compreendidas entre a Ilha Deserta (Faro) e a praia das Açoteias (Albufeira)”.
A APA salienta, em comunicado no seu site, que o levantamento da interdição é consequência da “evolução da situação” e do “resultado das análises efectuadas pelo IPMA [Instituto Português do Mar e da Atmosfera] e da informação da Autoridade de Saúde Regional” que concluíram que “não se mostram descritos casos de intoxicação em humanos pela toxina identificada”.
A mancha de microalgas já começou “a dissipar-se”, mas “nas zonas onde ainda se verifique alguma densidade”, mantém-se o “aconselhamento de que o banho deve ser evitado, sobretudo por crianças e grupos vulneráveis“, salienta a APA.
As pessoas devem ter, sobretudo, cuidado para não engolirem a água nestas zonas ainda afectadas pelas microalgas.
Entretanto, mantém-se interdita a apanha e a comercialização de moluscos bivalves, designadamente amêijoa, conquilha, pé-de-burrinho, lingueirão, ostras, berbigão e mexilhão. Estes mariscos acumulam elevadas doses das toxinas produzidas pelas microalgas, pelo que não é recomendável o seu consumo.
ZAP // Lusa