Bancos aumentam as comissões apesar da subida dos juros

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Os bancos justificavam as subidas nas comissões com os juros baixos, mas a subida das taxas nos últimos meses não abrandou os aumentos das comissões.

As comissões bancárias em Portugal continuam a escalar, mesmo com a subida das taxas de juro. Até meados do ano passado, os bancos justificavam o aumento das comissões pela manutenção de juros baixos, mas mesmo com uma grande mudança nesse cenário, as comissões não têm mostrado sinais de abrandar. Segundo a Deco Proteste, a estratégia dos bancos é “no mínimo, desonesta”.

Em janeiro deste ano, o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, afirmou que as comissões deveriam começar a diminuir. No entanto, vários bancos, como o Novo Banco com a sua Conta 100%, fizeram o oposto, aumentando as comissões de 5,90 euros para 6,90 euros mensais em abril. Uma nova subida está prevista para janeiro do próximo ano, elevando o custo para 7,50 euros mensais.

Os bancos têm sido reticentes em justificar os aumentos. O Novo Banco argumenta que suas comissões são “inferiores à concorrência”, mas não explica por que não as reduz. Outros grandes bancos, incluindo Santander, BPI, BCP e CGD, também se recusaram a dar explicações detalhadas, escreve o JN.

De acordo com dados da Deco Proteste, os cinco maiores bancos cobraram, em média, 216 euros por cidadão em 2022, totalizando 2238 milhões de euros.

Apesar da proibição de cobranças por sete tipos de serviços desde julho, como o processamento de prestações de crédito e alteração de titularidade por óbito ou divórcio, os bancos continuam a encontrar formas de aumentar as comissões. A situação contrasta com os lucros elevados registrados pelos cinco maiores bancos no país, que alcançaram 2734 milhões de euros no último ano, impulsionados precisamente pelas comissões e pela subida das taxas de juro.

O especialista em produtos bancários, Nuno Rico, critica a “passividade do Banco de Portugal” na regulação das comissões e alerta que apenas a via legislativa parece oferecer alguma proteção ao consumidor neste momento.

ZAP //

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9 Comments

  1. Isto só é possível porque temos políticos subservientes aos Bancos. O DDT, apesar de dizerem que tem Alzheimer, continua a mandar nos políticos. Portugal virou um País de corruptos a nível de “colarinho branco”. Depois ainda se admiram do partido CHEGA subir nas sondagens!

  2. Temos um miserável pseudo governador do Banco de Portugal. Com estes governantes qualquer artolas chega à cadeira mais alta, como no Parlamento.

  3. O CHEGA é um partido imprescindível, hoje mais do que nunca. A classe política parasitária como não gosta, aponta-lhe todos os defeitos. Até o próprio Presidente do Parlamento respira ódio por todos os poros, contra ele.

  4. Pois e a juntar às comissões temos um serviço em termos de balções cada vez pior com a redução do n.º de balções e a redução do n.º de caixasMB.
    Os balçõe reduziram os horários e o pessoal levando a filas e tempos de espera por vezes intermináveis.
    Com isto querem impurrar o pessoal para as aplçicações online de forma a centralizarem serviços e a reduzirem ainda mais as despesas…
    Enfim… o banco de portugal já sabemos que nada faz… é o supervisor dos bancos mas deixa tudo acontecer e este é apenas mais um caso em que o banco de portugal nada faz ou nada diz…

  5. Isto é o que faz termos entidades reguladoras, task force, Banco de Portugal etc… presididos e administrados por Boy’s do partido em que o que interessa é garantir um salário chorudo e poder de influencia.

  6. É só comentadores comunistas, mas votar no pcp, não é para eles.
    Têm medo da ditaura comunista? Mas afinal, não vivemos uma ditadura da alta finança e grandes grupos económicos?
    É que os comunistas, esses, são diretos e a ditadura económica, são inteligentes, sabem como levar o povo igualmente à falência, emprestando dinheiro para o carro e a casa, ficando escravos a vida inteira a pagar (devolver) o dinheiro emprestado mas com juros…elevados, comissões, etc, etc + os preços elevados dos produtos energéticos, e outros.
    Afinal, qual ditadura preferes? Antigamente, os portugueses eram pobres, mas não tinham dívidas. Hoje, os portugueses estão mais pobres que os de antigamente, pois devem dinheiro, têm dívidas, ou seja, estão presos aos bancos, setor energético, etc constantemente a dar-lhes dinheiro!

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