Banco Mundial de Sementes vai “alimentar o mundo daqui a 50 anos”

Para já, os criadores do cofre ganharam um prémio de prestígio. O banco tem 1,25 milhões de amostras de sementes de quase todos os países do mundo.

Dois dos criadores do Banco Mundial de Sementes de Svalbard vão receber o Prémio Mundial da Alimentação de 2024. Será entregue em Outubro.

O banco existe há 16 anos e tem 1,25 milhões de amostras de sementes de quase todos os países do mundo. Protege mais de 6 mil variedades de culturas e plantas culturalmente importantes.

Conhecido como o “Cofre do Juízo Final”, está instalado no Círculo Polar Ártico, na encosta de uma montanha numa ilha da Noruega. É o cenário ideal: as temperaturas garantem a preservação das sementes.

Na altura, em 2008, era “a ideia mais louca de sempre“, lembram os fundadores, no canal Euronews.

Os dois premiados são Cary Fowler, enviado especial dos EUA para a Segurança Alimentar Global, e Geoffrey Hawtin, cientista agrícola do Reino Unido e membro do conselho executivo do Global Crop Diversity Trust,

O prémio de 500 mil dólares (464 mil euros), esperam, vai contribuir para o objectivo do Banco Mundial de Sementes: alimentar o mundo daqui a 50 anos.

“Esta é realmente uma oportunidade para passar a mensagem e dizer: ‘Esta quantia relativamente pequena de dinheiro é a nossa apólice de seguro, a nossa apólice de seguro de que vamos conseguir alimentar o mundo daqui a 50 anos‘”, disse Geoffrey Hawtin – embora sejam precisos milhões, não milhares, para os bancos de sementes.

Mas o mesmo Hawtin avisa que, além de insetos, doenças e degradação dos solos, as alterações climáticas aumentaram a necessidade de um cofre de sementes seguro e de reserva. Há um “espetro totalmente novo de pragas e doenças em diferentes regimes climáticos”.

ZAP //

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