O corte de serviços essenciais esteve proibido até 30 de junho devido ao impacto da pandemia nas carteiras das famílias. O Governo esticou a medida até ao fim do ano, mas depois veio esclarecer que, agora, se aplica apenas a situações específicas, como é o caso de desemprego.
Após um período em que o corte de serviços essenciais, como eletricidade, esteve suspenso, os avisos de corte de luz começam a chegar às famílias portuguesas. Os cortes estão proibidos até 31 de dezembro, mas apenas para situações excecionais.
Em julho, o Executivo anunciou que a proteção iria continuar em vigor até ao fim do ano, mas só depois avisou que apenas as famílias em situação de desemprego, perda de rendimentos ou infeção por covid-19 poderiam beneficiar da medida.
A EDP refere ao Jornal de Negócios que “neste momento, e perante a atualização legislativa, a empresa está a voltar a alertar os seus clientes para os valores que têm em dívida e para eventuais cortes nas situações legalmente previstas”.
A empresa revela ainda que os clientes residenciais que estão a ser alertados têm em dívida mais de 18 milhões de euros.
A Endesa referiu ao mesmo site que tem atuado de igual forma, ressalvando que esta medida “só teve impacto nos clientes domésticos, uma vez que com os clientes não domésticos em dívida o circuito se manteve como até agora”.
Os avisos agora enviados dizem respeito a incumprimentos de agosto, e “os cortes podem ser concretizados 25 dias após o aviso, se a dívida não tiver sido liquidada ou se não tiver havido acordo para um plano de pagamento”, escreve o Jornal de Negócios.