Avião que se despenhou no Afeganistão é dos EUA. Talibãs asseguram que foi “taticamente abatido”

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(dr) Bart Hoekstra / AirHistory.net

Bombardier E-11A da Força Aérea dos EUA

O Pentágono confirmou esta segunda-feira a queda de um avião militar norte-americano no Afeganistão mas referindo não possuir indicações de que tenha sido atingido por disparos inimigos. Já os talibãs asseguram que foi “taticamente abatido”.

“Um Bombardier E-11A americano despenhou-se hoje na província de Ghanzi, no Afeganistão”, referiu em mensagem no Twitter o porta-voz das forças militares norte-americanas no Afeganistão, coronel Sonny Leggett.

O E-11A é um aparelho de apoio aos drones de reconhecimento, equipado com material de comunicações muito dispendioso. “Está em curso um inquérito sobre as causas do acidente, mas não existe qualquer indicação que tenha sido provocado por tiro inimigo”, acrescentou. Leggett disse ainda que serão fornecidas mais informações assim que possível, não falando em vítimas.

Anteriormente, os talibãs tinham anunciado que se tratava de um avião militar. O avião que caiu no leste do Afeganistão pertenceria às Forças Armadas dos Estados Unidos, afirmou o porta-voz do Talibã, Zabihula Mujahid. “Um avião especial dos ocupantes americanos caiu na província de Ghazni”, declarou o porta-voz em comunicado, acrescentando que toda a tripulação morreu.

Um porta-voz do ministério afegão da Defesa, Rohullah Ahmadzai, declarou, por sua vez, em declarações à AFP que a aeronave não pertence às forças afegãs. Em declarações à CBS, Aref Noori afirmou que foram encontrados os corpos de dois pilotos e que o avião ficou completamente destruído.

O avião despenhou-se na província de Ghazni, no leste do Afeganistão, numa zona controlada por talibãs. O número de pessoas que seguiam a bordo não está confirmado.

Uma das informações avançadas apontavam para um avião da Ariana Afghan Airlines, mas esta informação foi corrigida pela própria companhia. Além disso, avançou-se que o avião era comercial, pertencia à fabricante Boeing, sendo um Boeing 737-400 com quase 30 anos, e tinha 83 pessoas a bordo.

A província montanhosa de Ghazni fica no sopé das montanhas Hindu Kush e é muito fria no inverno. O último grande acidente aéreo comercial no Afeganistão ocorreu em 2005, quando um voo da Kam Air do oeste de Herat para a capital Cabul colidiu com as montanhas enquanto tentava pousar com tempo nevoso.

Na guerra de 19 anos, houve uma série de acidentes mortais de aeronaves militares. Um dos mais espetaculares ocorreu em 2013, quando um jato de carga americano Boeing 747 caiu logo após a descolagem da base aérea de Bagram, ao norte de Cabul, a caminho de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Todos os sete membros da tripulação foram mortos.

ZAP //

9 Comments

  1. Caro Zap,
    apesar de ser uma notícia com algum e relevante interesse, devo confessar que não passei do segundo parágrafo: desde quando é que o avião em questão, até demonstrado com uma fotografia é um bombardeiro?
    Um bombardeiro não é de todo o que está na fotografia nem tampouco ao qual a notícia (original) se refere.
    O avião em questão é sim, um Bombardier. Bombardier é uma empresa do Canadá (salvo erro) e não um bombardeiro…
    Quem está na vossa redacção não lê nem faz uma revisão do que publica, antes de o efectivamente o fazer?
    Não há ninguém que reveja o que é escrito?
    No meio de tanta notícia, um ou outro erro gramatical é natural que ocorra, mas daí existirem os revisores. Agora traduções via copia/cola chegam a ser ridículas e não abonam nada em vosso favor.

    Votos de boas notícias.
    Ramalho Orlando

  2. Afinal, foi um avião militar de apoio aos drones ou foi um avião comercial da Boeing com 83 passageiros? Pode esclarecer melhor?

    • Caro leitor,
      Inicialmente, foi noticiado, de facto, que era um avião comercial da fabricante Boeing que levava 83 pessoas a bordo. Porém, os EUA confirmaram que era um dos seus aviões militares. Ainda não há informações sobre as vítimas.

    • Pouco importa. O que nos chega em formato de notícia é de tão pouca fiabilidade que eu já nem considero as notícias como tal.
      Faz tudo parte do ‘show’ que tem por último objectivo confundir-nos e deixar-nos desconfiados.
      Isto beneficia aqueles que têm os meios para um dia conduzirem a nossa opinião (pública) com garantias de fiabilidade (tão fiáveis como as outras), e conseguir ‘implantar’ certas ideias e levar a ‘água ao moinho’ que lhes convém.
      (É. É isso mesmo. O maluquinho das teorias de conspiração)

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