O docente terá feito comentários depreciativos com teor racista, homofóbico e contra as medidas decretadas pelo Governo para combater a pandemia provocada pela covid-19.
O reitor da Universidade de Aveiro ordenou a abertura de inquérito processo a um professor do Departamento de Física por este ter publicado nas suas redes sociais mensagens de teor “discriminatório”.
Em declarações ao Jornal de Notícias, Paulo Jorge Ferreira indicou que a instituição “não pactua” com este tipo de situações.
A decisão teve por base uma denúncia da organização Quarentena Académica de que o docente Paulo Lopes “assume um discurso de ódio contra vários sectores mais fragilizados da nossa sociedade nas suas redes sociais” e “ainda posições negacionistas sobre a pandemia de covid-19”.
De acordo com o JN, o perfil público do docente não tem mensagens desde 30 de dezembro sendo as que levaram à abertura do inquérito foram escritas até julho.
Segundo o jornal, o professor partilhou a 22 de janeiro uma notícia de uma mulher acusada de morder um polícia com o comentário “aquela preta julga que a cor da pele lhe dá o direito de ser agressiva e selvagem”.
A 29 de junho, no mês do orgulho da LGBTI+, comentou numa evocação ao cantor António Variações: “orgulho em ser-se doente e pervertido???”.
Já a 21 de abril, interrogou numa publicação se seria “o único à face da Terra a perceber que as quarentenas e isolamentos sociais servem… de RIGOROSAMENTE NADA???”.
O reitor assume ao JN que irá “até ao fim” para apurar os factos, uma vez que a “Universidade de Aveiro rejeita categoricamente qualquer discurso discriminatório”.
No entanto, frisou que não recebeu qualquer queixa por parte dos alunos e que decidiu agir pela tração que o tema estava a ganhar nas redes sociais.
Eu não sei como a aluna estava vestida, provavelmente não estaria vestida para ir à escola, eu fui criada e educada a vestir-me de acordo com a ocasião, mas se não houver nos estatutos nada especificado e se podem ir aos estudos como quem está na praia, paciência.