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Autarca de Roma revela que máfia italiana planeou um ataque contra si e a sua família

A presidente da Câmara de Roma, Virginia Raggi, revelou que grupos do crime organizado planearam matá-la e a sua família porque ela os estava a atacar em partes da capital italiana que dominam.

Aos 37 anos, a advogada Virginia Raggi tornou-se a primeira presidente da Câmara mulher de Roma quando foi eleita em 2016, numa inovação para o seu partido, o Movimento Cinco Estrelas, que agora governa nacionalmente.

Em entrevista ao Canale 5, citada pelo jornal britânico The Guardian, Raggi contou que a família Casamonica, famosa pela sua atividade criminosa, a perseguiu depois de ela ter demolido algumas das suas casas construídas ilegalmente em 2018, forçando-a a viver com escolta policial.

“Fomos informados de que planeavam um ataque contra mim e minha família”, disse Raggi, sem dar mais detalhes.

A autarca de Roma, que agora tem 42 anos, disse, na mesma entrevista, que também estava a lutar contra outros clãs mafiosos poderosos, como a família Spada no bairro costeiro de Ostia, e a família Marando em San Basilio, na periferia leste de Roma.

“Há partes de Roma onde as pessoas se aproximam de mim para me dizer para continuar a lutar, mas depois mudam-se porque têm medo de serem vistas pelos clãs”, disse Raggi.

Esta terça-feira, Raggi escreveu no Twitter que a polícia italiana prendeu seis pessoas do clã Casamonica, acusados de extorsão agravada. “Em Roma não há espaço para o crime”, escreveu.

Raggi passou por momentos difíceis como presidente da Câmara de Roma. Os seus primeiros anos no cargo foram marcados por dificuldades legais e inúmeras deserções do Governo da sua cidade.

Em 2018, Raggi foi declarada inocente das acusações de ter mentido sobre a nomeação do chefe de turismo da cidade, trabalho que coube ao irmão de um dos seus assessores mais próximos. Os procuradores apelaram da absolvição e um novo veredicto é esperado nos próximos meses.

ZAP //

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