Austrália quer ser um dos principais exportadores de armas do mundo

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Nina Delise / Flickr

A nova estratégia de Defesa da Austrália, anunciada esta segunda-feira pelo Governo, inclui incentivos aos fabricantes da indústria militar para o colocar entre os dez principais exportadores de armas no mundo.

O primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, revelou esta segunda-feira uma nova “estratégia de exportação de defesa” para transformar a Austrália num dos dez principais exportadores de armas do mundo, na próxima década.

O plano do Governo da Austrália inclui um fundo de mais de 3.079 milhões de dólares, 2.479 milhões de euros, para ajudar os fabricantes a expandir os seus negócios. Além disso, entre as decisões do plano encontra-se a da criação de um Gabinete de Exportações de Defesa, entre outras medidas.

“Trata-se de assegurarmos a maximização das oportunidades a favor de empregos australianos, de tecnologia australiana e da inovação australiana”, Malcolm Turnbull ladeado pelos responsáveis da Defesa, Marise Payne, e de Material de Defesa, Christopher Pyne.

O objetivo do Governo australiano é aumentar as receitas geradas pelas exportações da indústria de Defesa, dos atuais 1.215 milhões de dólares (978 milhões de euros) para 2.025 milhões de dólares (1.631 milhões de euros) anuais, como parte das suas aspirações para a próxima década.

Segundo o Instituto Internacional de Investigação para a Paz de Estocolmo, o país encontra-se atualmente entre os 20 principais exportadores militares. Entre os “mercados prioritários” encontram-se o Médio Oriente, Europa, Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Nova Zelândia.

“É um ambicioso e positivo plano para impulsionar a indústria australiana, aumentar o investimento e criar mais postos de trabalho para os negócios australianos”, disse o primeiro-ministro. Este plano para incrementar a venda de armamento não foi, porém, recebido de braços abertos por toda a sociedade australiana.

Marc Purcell, representante do Conselho Australiano para o Desenvolvimento Internacional, criticou este anúncio, considerando que “no contexto de incerteza internacional, onde o conflito é o mais provável”, os esforços internacionais deveriam ser canalizados para a construção da paz.

ZAP // Lusa

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