Lojas Minipreço fecham, trabalhadores manifestam-se, mas Auchan atira responsabilidades dos encerramentos para o outro lado.
2024 começou com um alegado negócio do ano, quando a Autoridade da Concorrência confirmou que a Auchan Portugal, S.A. comprou a DIA Portugal Supermercados S.A. – empresa até aqui proprietária das lojas Minipreço.
Ou seja, as lojas Minipreço vão passar a ser lojas Auchan. O negócio foi oficializado.
Seria um investimento de 100 milhões de euros no desenvolvimento e modernização das lojas Minipreço, até 2027.
Mas os trabalhadores de duas lojas Minipreço não sentiram qualquer benefício. Pelo contrário: na semana passada soube-se que dois espaços vão fechar. Um no Porto, outro em Matosinhos.
Os trabalhadores manifestaram-se. O representante do Sindicato dos Trabalhadores das Grandes Superfícies, Armazéns e Serviços de Portugal (STGSSP), Joaquim Pinto, atirou a responsabilidade para a Auchan.
“Os trabalhadores foram apanhados de surpresa pelo encerramento. O grupo Minipreço foi comprado pelo Auchan e neste momento o Auchan não está a cumprir com o que foi anunciado, que era a integração dos trabalhadores no grupo”, apontou Joaquim Pinto.
O mesmo responsável conta que já recebeu a indicação que 20% das lojas Minipreço vão fechar. “Mas não dizem quais são e os trabalhadores estão na incerteza se vão ter trabalho ou não”, continuou.
O sindicato acusa a empresa francesa de ter “absorvido o inventário e mobiliário” das lojas Minipreço, ao mesmo tempo que “descarta responsabilidades sociais” para com os trabalhadores.
A Auchan voltou ao assunto nesta sexta-feira e atira responsabilidades para outro lado: “No âmbito do modelo de franquia, a gestão das lojas e dos seus colaboradores é da responsabilidade do franqueado – a todos os níveis”.
Em declarações ao ECO, João Diogo, director da Auchan, assegurou que essas lojas no Porto e em Matosinhos “encerraram por inviabilidade do respectivo franqueado”.
Nas contas gerais, o responsável conta que, desde que a Auchan comprou a DIA, só fechou uma loja própria Minipreço – e como “resultado da obrigatoriedade imposta pela Autoridade da Concorrência” – e que nenhum colaborador da Auchan foi despedido. Quem saiu da loja Minipreço foi “realocado o mais perto possível”.
“As restantes lojas encerradas são franqueadas, sendo a gestão dos colaboradores da responsabilidade do próprio franqueado”, reforçou.
João também disse que a Auchan quer aumentar a sua rede de franquias. Os despedimentos não estão nos planos: “Só haverá anulação de contratos no pior cenário possível”.
“A Auchan não comprou lojas com o objectivo de as encerrar e/ou despedir pessoas”, completou João Diogo.
Deviam era colocar mais caixas de serviço-automático nos super-mercados, e colocar/integrar os funcionários das caixas noutras funções.
Eles não fazem esse tipo de investimento. O mais provavel é a pessoa da caixa ir fazendo outras tarefas enquanto ainda atende os clientes na caixa. Já la trabalhei e cada pessoa tem de render por pelo menos 3..
Quanto a isso considero um crime/ilegalidade, exploração, má gestão, incapacidade para pensar e planear o trabalho numa empresa – neste caso concreto super-mercados – mas esta é a realidade em regimes liberais onde a mediocridade, cunha, e incompetência são critérios a seguir.
Venho por este meio mostrar o meu descontentamento e desagrado por esta empresa que é a Auchan, não só foi mau o suficiente terem ‘obrigado’ os colaboradores a demitirem se, como também nao foram justos.
Não despediram os colaboradores mesmo tendo provas contra eles para nao terem de pagar, é vergonhoso para uma empresa como esta, sabendo que a maior parte dos colaboradores furtaram comida, o que não surpreende ninguém, visto que os ordenados de uma empresa que tem lucros milionários anuais são miseráveis. My Auchans, equipas inteiras que estão a ser obrigadas a se demitirem, provavelmente para conseguir suportar os custos de ter comprado mini-preco, simplesmente vergonhoso… Colaboradores com anos de casa a serem forçados a demitirem por ter pesado mal umas frutas… Na My auchan da João XXI, foram 5 pessoas induzidas a demitirem-se por ‘crimes’ tais como, más pesagens de fruta, rebaixas que nao coincidiam com os artigos, levar sacos ou pequenos artigos (para comer) sem pagar, etc… Crime que foram ditos que lesavam a empresa, mas no entanto estamos a falar de alguns desses colaboradores tinham mais de 5 anos de casa e no entanto recebiam apenas pouco mais que ordenado minimo, pergunto me quem estará realmente a ser mais lesado. Ainda tem uma colaboradora nessa mesma loja com o nome de Bruna e o responsável Luís, que foram vistos a furtar artigos como comida e garrafas de álcool (whisky) e obviamente que nao aconteceu nada, pois estamos a falar do responsável e do seu braço direito. Tenho a certeza de que ha fimagens destes acontecimentos visto que nem a 1 mês se sucedeu, mas auchan nao parece fazer nada sobre isto mesmo depois de ja terem havido denúncias de varios colaboradores sobre estas atitudes. Vou continuar a reclamar periodicamente até haver justiça e todas as pessoas que realmente lesaram a empresa sejam forçadas a demitirem se também visto que é isto que a auchan pretende fazer daqui para frente, em vez de despedirem as pessoas de forma correcta. E irei mandar esta história para comunicação social ate que toda a gente saiba que tipo de empresa é a Auchan.
A autoridade de concorrência que viabilizou o negócio que reforça os atores dominantes no mercado da distribuição faz o quê? Olha para o lado …
A função desse tipo de empresas é instalarem-se cá para sacarem aos portugueses, seus consumidores, os seus parcos salários. O resto vem por acréscimo.
Se não estamos de acordo, a culpa é de quem lá vai, que barafusta por tudo e por nada, mas nem se dá conta dos milhões que manda para fora de Portugal todos os dias. Porque não consome o e do que é nosso? Na minha zona existem CINCO dessas empresas estrangeiras e apenas UMA nacional.. O pior é que os consumidores até gostam de andar de um lado para o outro, ficando-se nas tintas para o facto de o seu dinheiro sair do país todos os dias.
O resto, como é o caso relatado na notícia, é problema que diz respeito a quem se queixa, problema que para tais empresas nem significado tem.